Warhammer 40K: Boltgun é a melhor representação dos FPSs dos anos 90 para os dias de hoje – Análise | Review

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A Games Workshop deu luz verde para a Focus Entertainment e Auroch Digital, sob o selo da Focus Indie, trazerem a renomada franquia Warhammer para a estética nostálgica dos anos 90, conhecida como a era dourada dos jogos de tiro em primeira pessoa (FPS). Com Warhammer 40K: Boltgun, mergulharemos profundamente nessa estética única e no design de jogo que títulos icônicos como Wolfenstein, Quake e Doom estabeleceram há mais de duas décadas, e que até hoje servem de inspiração.

Warhammer 40K: Boltgun, lançado no mercado em 23 de maio nas plataformas do PS5/ PS4, Xbox Series/ Xbox One, Switch e PC, resgatou a essência visual dos aclamados FPSs dos anos 90, oferecendo uma perspectiva envolvente de como seria um jogo da renomada franquia nessa época. Com visuais impressionantes e uma jogabilidade viciante, Boltgun se destaca como uma verdadeira homenagem, trazendo os melhores desses clássicos para os dias atuais.

Boltgun se passa anos após os eventos de W40K: Space Marine

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Boltgun se passa anos após os eventos de Warhammer 40K: Space Marine (2011). Embora Boltgun não faça uma conexão direta ou menção explicitamente, nosso personagem faz referência ao Capitão Titus, protagonista do shooter em terceira pessoa lançado em 2011, que receberá uma continuação ainda este ano.

Mesmo que a única fagulha de ligação com os eventos de Space Marine seja apenas uma frase presente no game, isso é o suficiente para empolgar, embora eu esperasse mais. Acho que uma grande oportunidade para conectar estes eventos foi desperdiçada. Enfim…

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Em Warhammer 40K: Boltgun, o jogador assume o papel de Malum Caedo, um Veterano da Marinha Espacial da Guarda Popa do Capítulo Ultramarines, enviado pela Inquisição junto com vários de seus irmãos da 1ª Companhia, de volta a Graia em uma missão de extrema importância: recuperar uma fonte de energia com a ajuda de um Servo-crânio que pertencia a Drogan.

No entanto, durante a descida, o Drop Pod dos Ultramarines sofreu danos graves e acabou caindo na superfície do planeta, deixando Malum Caedo como o único sobrevivente. Sozinho, Malum deve cumprir a missão lhe encarregada colocando em prática todas suas habilidades com sua espada imperial e armas de alto calibre.

Brutalidade em forma de pixels

Se há uma palavra que resume a franquia Warhammer de forma impactante, é a brutalidade. Os intensos confrontos entre os Ultramarines e as criaturas do Caos criam um cenário impiedoso e repleto de violência.

Dito isso, levar esta essência bruta para uma estética em pixel é a melhor combinação possível. E olha que caiu bem para a franquia. Desde os primeiros minutos até os minutos finais de W40K: Boltgun a brutalidade e o frenesi se mantém persistentes, e me fizeram voltar no tempo quando joguei pela primeira vez Doom.

Embora o design de jogo e a aparência visual remetam ao que Doom estabeleceu – algo que é indiscutível –, esse encontro entre Doom e Warhammer é, de longe, a melhor experiência do gênero FPS deste ano. O cenário repleto de sangue e membros dilacerados das criaturas do Caos, acompanhado por uma trilha sonora excelente, é o ingrediente perfeito para uma experiência nostálgica e gratificante nos dias atuais.

Além disso, Boltgun enriquece essa estética brutal em forma de pixels com uma direção de arte criativa, que acrescenta mais profundidade ao estilo gráfico dos anos 90. Com um total de três capítulos, Boltgun oferece uma variedade de cenários distintos em cada um deles. Essa variedade também se estende aos inimigos encontrados nos cenários, e embora haja reciclagem em certos momentos, o jogo sempre tenta introduzir novos desafios.

Em suma, o gunplay é o que há de mais precioso neste boomer shooter – que não te fará parar nem se quer para ir beber um pouco d’água. Warhammer 40K: Boltgun me levou ao passado e me entregou o melhor FPS de 2023.

A falta de equilibro entre nostalgia e inovação

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O game design de Boltgun abraça totalmente os elementos característicos dos FPSs da década de 90: a coleta de itens para restaurar a vida e o escudo, bem como a disponibilidade de uma ampla variedade de armas. Essa familiaridade com os clássicos FPSs é algo positivo, mas confesso que esperava uma inovação que acrescentasse algo novo sem comprometer a estética clássica do gênero.

O design dos níveis em Boltgun é uma mistura entre limitação e expansão, mas acaba não oferecendo muito em troca para os jogadores que apreciam a exploração. Levando em consideração que estamos na era atual, seria interessante fornecer mecânicas mais contemporâneas em um FPS que optou por adotar uma estética e um design de jogo antigo.

Não estou sugerindo a inclusão de elementos necessários dos FPSs atuais, mas sim oferecer recompensas mais gratificantes ao descobrir locais secretos, algo muito comum dos FPS da época. Ao invés de um segredo desbloquear apenas um item especial para armas, poderia-se explorar algo mais significativo e impactante para o gameplay. A falta desse aspecto é o que faz falta nos cenários do jogo. O que faltou foi um equilíbrio entre o nostálgico e o novo, sem que a essência do passado se perdesse.

Ademais, Boltgun não facilita sua vida. Não se engane. Todos os aspectos desafiadores, escassez de itens, inimigos com uma IA ainda da década de 90, os mesmos ainda te farão morrer muitas vezes.

Mas afinal, Warhammer 40K: Boltgun é tudo isso mesmo?

Warhammer 40K: Boltgun é uma verdadeira homenagem aos clássicos FPSs e, ao mesmo tempo, representa como seria um FPS de Warhammer na década de 90. A estética da franquia se encaixa perfeitamente no estilo gráfico daquela época, criado em uma atmosfera coerente e fiel.

Boltgun é, sem dúvida, o ponto de partida para um novo segmento da franquia Warhammer 40K nos jogos, oferecendo uma experiência direcionada aos jogadores old school que apreciam a nostalgia dos clássicos, mas também estão dispostos a se empolgar com elementos modernos. Este jogo é um equilíbrio perfeito entre o passado e o presente, capturando a essência da franquia enquanto adiciona empolgação contemporânea.

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