Wo Long: Fallen Dynasty agrega ao gênero Souls-like, mas é péssimo tecnicamente – Análise | Review

Wo Long

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Depois de duas demos públicas, já me sentia mais do que preparado para encarar Wo Long: Fallen Dynasty, o novo souls-like/masocore da Team Ninja depois da franquia Nioh (2017-2020). O mais engraçado deste pensamento é que jogar o game final quebrou todas as minhas expectativas, e me ensinou que a jogatina de um souls-like é diferente da anterior.

Lançado no dia 3 de março nas plataformas do PS5/ PS4, PC e no Game Pass (Xbox Series, Xbox One, Windows 10 e Cloud), o mais novo Souls-like da Team Ninja é uma grande adição ao gênero criado pela FromSoft ao trazer mecânicas únicas e uma persistente carga de desafio.

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Contudo, sua performance técnica é o reflexo do péssimo trabalho do estúdio ao longo dos anos desde Nioh. E que a mudança para uma nova engine seja algo urgente a se fazer.

Do Japão Feudal para uma China devastada pela guerra

Wo Long: Fallen Dynasty

Wo Long: Fallen Dynasty se passa durante o fim da dinastia Han (184 d.C) onde os demônios atormentam os Três Reinos. Assim, dentro deste contexto, o game faz questão de dar ênfase a histórias sobre oficiais que serão heróis, ainda no seu período de “anonimato”. É também uma história da ascensão de um protagonista vindo do nada, assim como em Nioh 2.

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No controle de um desconhecido, mas com talentos especiais escondidos e grandeza desconhecida, somos levados para inúmeras regiões assoladas por tal disputa. Assim, fazendo jus de todo arsenal característico da China e toda a magia por trás do folclore chinês, vamos pôr um fim nesta ameaça que põe em risco os Três Reinos.

A história de Wo Long é o que há de menos importante nesta nova experiência da Team Ninja. Com um personagem mudo e inexpressivo, a narrativa se torna desinteressante e pouco cativante. Enquanto isso, personagens cruciais deste evento verídico, como Lu Bu, por exemplo, assumem o protagonismo ao longo de nossa jornada.

Por fim, não há nada que nos prenda na história de Wo Long e que nos faça dar importância para as animações. Seu grande atrativo está no gameplay.

Não há como fugir do deflete e do parry

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Depois de dar ao Souls-like uma nova cara com Nioh, a Tem Ninja mais uma vez agrega o Souls-like com um combate desafiador e único. Seguindo a premissa que a FromSoft adotou em Sekiro: Shadows Die Twice (2019), Wo Long usa a deflexão e o parry como pilares essenciais para se ter êxito durante os confrontos com seus desafiadores inimigos.

Assim, não há como escapar do uso destas duas ferramentas que exigirão do jogador atenção e muita perícia. Se dominá-los, não terá trabalho em derrotar o que lhe aguardar nos devastados territórios chineses. Caso contrário, o que já era difícil se torna ainda mais.

Semelhante a Sekiro, Wo Long dá as mecânicas de deflexão e parry a grande arma para enfraquecer seus inimigos, onde ambas as formas consomem espírito e deixam os inimigos vulneráveis.

Enquanto o deflete desestabiliza o ataque do inimigo, o parry quebra a postura em um ataque indefensável, onde ambos culminam na fadiga extrema do inimigo após sua barra de espírito encher por completo. Esta harmonia de ações, que se parece mais uma orquestra onde você é o grande maestro, tornam o combate de Wo Long uma das experiências mais desafiadoras e satisfatórias dentro do gênero Souls-like.

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Pois, desta vez, não há escudo ou esquiva, ou defesa. Wo Long te obriga ser ofensivo e perito no tempo de resposta. Assim, não há para onde correr.

Domine as 5 fases

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Diferente do sistema de atributos, marca registrada do Souls-like, a Team Ninja tomou como base o Wu Xing (teoria dos cinco elementos), que estabelece um conjunto de interações entre os cinco elementos naturais (fogo, água, metal, madeira e terra), para dar vida ao sistema de evolução de nosso personagem.

Cada elemento traz vantagens que afetarão o combate, seja de forma ativa ou passiva. Por exemplo: a fase da madeira oferece uma maior vitalidade e defesa. Já a fase da água aumentará sua furtividade e diminuirá o consumo de espírito ao defletir.

Além de servir como atributos, as cinco fases atuam nas magias e nos atributos dos equipamentos. Cada arma ou equipamento oferece vantagens ou resistência às cinco fases.

Entretanto, embora criativo, este sistema de evolução é introduzido de uma forma dificílima de se entender. A descrição de suas vantagens não oferece clareza e isso dificulta bastante na hora de se criar builds.

Artisticamente lindo, tecnicamente medíocre

A Koei Tecmo vem apresentando uma sequência nada positiva de títulos em relação aos aspectos técnicos. Wild Hearts, lançado em fevereiro deste ano, trouxe um combate formidável e um visual artístico encantador, porém sua performance técnica deixou muito a desejar, por exemplo.

Infelizmente isso se repetiu com Wo Long: Fallen Dynasty. Embora com a franquia Nioh pouco se presenciasse esses problemas, em WL foi o pináculo deste agravante. Eles são constantes, a começar pelas quedas de fps em uma RTX 3060 Ti. Isso em um título que a todo instante está ocupado em combates frenéticos é consideravelmente prejudicial.

Ademais, o draw distante é a marca registrada nos cenários semiabertos do título. Sempre que possível você verá um inimigo desaparecer dependendo da distância que você se encontra e, conforme você se aproxima, ele ganha forma. Todos estes problemas põem em jogo o atual motor gráfico da Team Ninja. Quiçá estes agravantes sejam reflexo de uma engine já esgotada e que essa seja a hora da mudança para um novo motor gráfico.

Em contraponto, mediante aos problemas técnicos, Wo Long conseguiu oferecer uma visão artística interessante que representou bem a devastação proposta por seu enredo. Cada cenário possui sua temática e tudo isso ganha mais destaque com o design de seus inimigos e chefes. Um destaque também para as boss fights que entregam momentos marcantes e únicos – a batalha contra Lu Bu que o diga!

O mesmo do início ao fim

Outro agravante em Wo Long está na repetição excessiva de seus inimigos ao longo de toda a jornada do game. Os inimigos que enfrentamos ao iniciar o game são reutilizados em todos os cenários do jogo independente do bioma. Seja numa floresta ou em um cenário coberto por neve, você sempre estará esbarrando com um zumbi, um tigre ou sereias.

Essa frustração só aumenta quando alguns chefes se tornam inimigos de cenários compondo as figurinhas repetidas já presentes. Portanto, mesmo com um combate impecável, a falta de variedade e a repetição excessiva de inimigos é um aspecto explícito e incômodo durante o gameplay.

Mas afinal, Wo Long: Fallen Dynasty é tudo isso mesmo?

Wo Long: Fallen Dynasty agrega em muito o gênero Souls-like com a adição de uma nova fórmula de combate, fazendo jus do deflete e do parry, ferramentas estas já vistas em outros títulos do gênero.

Contudo, o grande contraponto desta experiência está nos constantes problemas técnicos e na excessiva repetição de inimigos ao longo de seus cenários. Mas em um balanço geral, Wo Long é um título indispensável para todo amante de Souls-like, mas eu esperava mais capricho.

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