Para suavizar a aquisição da Activision Blizzard, Xbox melhorou o acordo referente a Call of Duty
Faz meses que a aquisição da Activision Blizzard percorre em trâmite jurídico, deixando pendente a associação oficial ao grupo Xbox Game Studios. Apesar de alguns países – tal como o Brasil – aprovarem a aquisição, o maior empecilho para o avanço da compra está na Europa. Especificamente, o órgão CMA – autoridade mercadológica da região – trouxe contrapontos sobre como a compra pode influenciar uma competição desleal com empresas como a PlayStation.
O grande cerne da questão, para o CMA e a PlayStation, é o fato de que a marca Xbox pode eventualmente limitar o acesso a franquias tal como Call of Duty, que representa uma ampla fonte de público e receita em diferentes plataformas. Essa preocupação fez com que o CMA entrasse em uma segunda rodada de investigações sobre o impacto da compra da Activision Blizzard no mercado de jogos e tecnologia.
No entanto, do outro lado, Phil Spencer – chefe da divisão de jogos da Microsoft – está constantemente ressaltando que não é desejo do Xbox remover Call of Duty da PlayStation ou outras plataformas. Pelo contrário, um dos maiores fatores de importância para a aquisição está concentrado no mercado de jogos Mobile.
Dito isso, um novo relato do NY Times alega que o Xbox ofereceu uma extensão do acordo com a PlayStation quanto a Call of Duty. Onde originalmente havia garantia de pelo menos 3 anos em que a franquia se manteria nos consoles da Sony, de acordo com o texto publicado, a Microsoft aumentou a oferta para pelo menos 10 anos.
Desta forma, pelos próximos 10 anos, a PlayStation asseguraria que não haverá mudanças na distribuição de Call of Duty. Porém, a empresa não comentou sobre essa extensão. Além disso, recentemente, a PlayStation descreveu a Microsoft como uma companhia propensa a “dominar o mercado“, em função do próprio histórico.
A nova fase de investigações do CMA segue até 2023
Com isso, o assunto parece estar longe de um fim para todas as partes envolvidas. Apesar de representantes da marca Xbox alegarem que não há motivo para imaginar um cenário onde Call of Duty se torne uma franquia exclusiva, tanto o CMA quanto a PlayStation insistem na falta de garantias, mesmo diante de um acordo proposto por 10 anos.
Por fim, nos resta apenas aguardar o desenrolar das investigações. Para 2023 o Xbox possui uma lineup maior de títulos first-party, e certamente a adesão da Activision Blizzard pode alavancar ainda mais a marca.
Fonte: NY Times (artigo sobre a aquisição da Activision Blizzard)
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