Mais guacamole por favor!
Em 2013, Guacamelee chegou ao PS3 e PS Vita com a proposta de explorar o gênero Metroidvania. Era um jogo hibrido de plataforma 2D com beat’em up clássico. O primeiro título foi consagrado com alguns prêmios da categoria Indie. Então em Outubro de 2017, recebemos a confirmação de que a DrinkBox traria a sequência do game.
Eis que finalmente tivemos a oportunidade de desfrutar de Guacamelee 2. Abaixo você confere nossa experiência completa com este jogo que foi uma grande surpresa.
O MexiVerse ficou ainda maior
Guacamelee 2 coloca o jogador 7 anos depois dos eventos do primeiro game. Novamente como Juan, o protagonista agora têm filhos, está casado e barrigudo. Mas não por muito tempo, em vista de que logo a paz de Juan é abalada por anomalias espaço-temporais. Com o universo novamente em perigo, cabe a Juan recuperar os poderes de luchador cósmico, e restabelecer a ordem do MexiVerse.
A primeira vista o jogo aparenta ser bastante simples. Mas a partir do momento em que Juan adquire a máscara sagrada, entramos em uma espiral de complicações e vira-voltas no tempo.
Pouco a pouco Juan entra em contato com novos personagens que o auxiliam durante sua jornada. Cada um deles fornece novos movimentos e estatísticas para o jogador. Inclusive, todos seguem como sendo guias de Juan na campanha.
Contudo, mesmo se tratando de um game ao estilo Metroidvania, temos muito o que explorar em termos de história. Há múltiplas dimensões que o jogador pode explorar, e todas possuem as próprias versões de cada um dos personagens – dando uma variedade ainda maior para o game. Além disso, tanto os heróis quanto os vilões possuem motivações próprias – sendo elas inocentes, ou não.
“Lucha” aprimorada
Graças aos novos aliados de Juan, agora temos habilidades diferentes para utilizar. O novo game expande o leque de golpes que o lutador tinha disponível previamente. Além disso, fornece também um número maior de personagens – incluindo um novo galo que se torna parceiro de Juan.
Mecanicamente, o game parece fluir melhor. Os combates estão mais divertidos graças a variedade de formas possíveis para executar os inimigos. Existem inimigos que só podem ser eliminados após terem sofrido com alguns ataques específicos, e por vezes pode ser complicado de lidar com algumas horda nos momentos em que Juan fica “preso” pelo próprio cenário.
Um universo que impressiona
Não somente os personagens do game estão mais variados, como também o cenário está mais importante. A anomalia temporal que persegue Juan também serve como empecilho em determinados momentos da aventura. Feixes de outros mundos aparecem, delimitando algumas áreas e ações do game para impedir o progresso do jogador. Isso serviu como um grande adendo para o game, que trabalha bem o fator plataforma do título.
Com o tempo, o jogador se vê obrigado a melhorar cada vez mais a precisão quanto aos comandos, pois em determinados momentos isso pode significar progredir ou retornar ao último checkpoint verificado.
Visualmente, Guacamelee 2 não decepciona, e traz um game digno da própria arte de Rayman (produzido pela Ubisoft). Assim como a própria trilha sonora complementa a jornada de Juan, trazendo um ambiente épico e empolgante a medida que o jogador avança na história.
Veredito
Guacamelee 2 supera o game original, trazendo tantas adições que só podiam resultar em um game belíssimo e extremamente divertido. Apesar de alguns problemas menores com relação a jogabilidade em si – que pode gerar comandos confusos em alguns confrontos – ainda assim, o título prevalece como um dos grandes Metroidvanias desta geração.
Sem dúvida é um dos jogos que podemos recomendar para todos que se divertem desfrutando de um bom título plafatorma, com doses bem aplicadas de combates.
