Análise: Sherlock Holmes: Devil’s Daughter te coloca na pele do detetive definitivo

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Um dos personagens mais interessantes da Literatura criada por Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, já protagonizou inúmeros filmes, séries, jogos e vários outros produtos, sempre buscando retratar a essência, inventada pelo seu criador.

Referência é o que não falta

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Uma das melhores coisas já feitas desse personagem é a série Sherlock, protagonizado pelo famigerado Benedict Cumberbatch, como o detetive, e Martin Freeman como doutor Watson. Outro que pode ser usado como referência, acredito que tem muito a ver, foram os filmes protagonizados por Robert Downey Jr e Jude Law. Essas duas, talvez, sejam as mais recentes inspirações para algumas características visuais usadas na criação de Devil’s Daughter, bem como várias outras referências literárias.

Retratar uma época tão rica em acontecimentos como Londres do século 19, não é uma tarefa fácil. Muito disso já havia sido feito, na descrição de Conan Doyle, mas é sempre um grande desafio contextualizar uma ideia, um comportamento e principalmente uma sociedade, e isso o jogo faz muito bem.

É engraçado analisarmos um produto com tanto repertório e referências sem que caiamos na armadilha de comparações, muitas vezes injustas. É inevitável, sim, porém devemos sempre nos atentar para o que o jogo representa e se as características mais importantes do personagem, principalmente conceituais, estão lá.

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O Investigador, o Detetive e as Deduções

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Um dos destaques super positivos do jogo é o sucesso em tentar retratar os elementos mais significativos e mais conhecidos nas histórias de Sherlock Holmes. Na mecânica, podemos encontrar, de maneira inovadora e diferente, as famosas deduções/avaliações do detetive, nas quais você pode definir o perfil de uma pessoa e a partir daí dar um rumo específico para uma investigação. As decisões diferentes que você tomar, poderão influenciar em pistas e futuras ligações para completar um pensamento lógico. Essa é a beleza desse game – tentar colocar para o jogador, como o cérebro de um Holmes funciona – e deu certo. Isso se dá por 3 controles principais que poderão ser usados:

  • 1: Modo Detetive: Utilizando esse recurso você consegue se concentrar em coisas que podem ser importantes para a investigação, como uma pista que, se não fosse por essa visão mais aguçada, não conseguiria detectar, ou até mesmo poder escutar uma conversa alheia (malandramente) para coletar informações.
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Batman aprendeu com Sherlock
  • 2: Imaginação – Com esse recurso você consegue visualizar e montar em sua cabeça coisas que já aconteceram, podendo ser capaz de identificar objetos que estiverem num certo local, ou recriar uma cena de assassinato.
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Recriando a cena do crime baseado na dedução
  • 3: Dedução: Esse é um dos elementos mais bacanas do jogo. Ao longo de um caso você recolhe pistas e algumas são inconclusivas. Sendo assim, você precisa tentar deduzir o que faz mais sentido e, caso consiga, os pontos vão se conectando, formando um palpite cada vez mais coerente, até chegar na conclusão do caso.
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Deduções e o Veredicto!

Tudo o que você coletar, desde perfis dos suspeitos como localizações e pistas ficam documentados em um arquivo, o qual você poderá consultar a qualquer momento, muitas vezes o ajudando na resolução de algum quebra-cabeça.

Ainda na mecânica, o que, sem dúvida, foi um elemento que me cativou bastante, além de jogar com Sherlock, outros personagens podem ser controlados, o que abre uma gama de possibilidades que você jamais poderia imaginar. Um exemplo interessante é jogar com o menino entregador de jornais, pois você precisa utilizar de um modo stealth para perseguir a pessoa que Holmes quer investigar, ou, se jogar com o cachorro do detetive, você tem a habilidade de seguir o rastro de algum cheiro, e por aí vai.

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Customizar Sherlock pode causar reações engraçadas em Watson

Os gráficos do jogo não são os mais belos já produzidos para essa geração, mas não decepcionam. Uma das brincadeiras interessantes do game é você vestir o personagem, ou com roupas normais, ou com roupas absurdas, causando reações engraçadas nos NPCs. Os cenários são muito interessantes retratando a Londres do século 19 e todas as suas particularidades.

Elementar meu caro Jogador

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Sherlock Holmes: The Devil’s Daughter é um jogo que exige muito mais da capacidade criativa e lógica do jogador, do que realmente habilidades mecânicas e reflexos rápidos. Nele você será um verdadeiro detetive explorador, pois não apenas desvendar crimes é o suficiente, mas também estudá-los, entendê-los e saber como agir nas ocasiões são elementos cruciais para a evolução do game.

Alguns bugs, infelizmente, acabam irritando um pouco e dando uma quebrada na experiência. Missões que se tornam impossíveis de serem concluídas por defeito são consertadas ao reiniciar o jogo, porém até descobrir que era um bug, fiquei boas horas tentando passar da mesma parte e quase desisti. Isso aconteceu pouquíssimas vezes, mas foi o suficiente para dar aquela desestabilizada.

As narrativas (são mais de uma), elemento fundamental para um jogo que escolhe esse tipo de mecânica – bem como um personagem que requer uma história interessante – fica em segundo plano por um tempo, mas quando acha seu caminho, te traz uma história interessante e cativante. Você se apega aos personagens rapidamente e torce para que eles tomem as decisões que se encaixam na sua estratégia (Nem sempre acontece…e aí já viu, pau quebra).

Outro destaque bacana a se mencionar é a ótima dublagem dos personagens (vozes apenas em inglês) e, vale lembrar, que o jogo está totalmente traduzido – menus, documentos, diários, enfim, tudo o que está ao seu alcance, precisando ou não.

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Que tal traduzir um texto MAIA?

Concluindo, Sherlock Holmes: The Devil’s Daughter é um game muito agradável e super indicado para aqueles jogadores que curtem perder um bom tempo procurando pistas e tentando montar deduções coerentes para chegar a um denominador comum. Exploração, raciocínio lógico, puzzles desafiadores, gameplays diversos e histórias interessantes fazem desse, um jogo voltado pra um público específico, mas que tem um valor significativo.

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