Critica | “O que será de nozes? 2” – Se fosse viver de humor, seria um fracasso. De música, ok!

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Não sei se estou envelhecendo ou as animações tem se tornado cada vez mais difíceis de engolir. Claro que a animação “O que Será de Nozes? 2” não é tão “forçada” quanto se imagina. Poucos momentos me fizeram mexer da cadeira com uma sensação de “sério?!” E até ratos aprendendo Tai Chi foi mais fácil de engolir do que um bando de animais dirigindo um carro – indireta recebida com sucesso, Pets?-. Mas se tem uma coisa que me chama atenção – de uma forma negativa – é como o humor do filme é forçado. As animações se destacam, entre muitos pontos, por seu humor, mas não lembraremos daqui há alguns anos de “O que será de Nozes? 2” como a melhor animação de humor dos últimos tempos.

Mas eu preciso ver o 1º?

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Quando aceitei o convite para assistir ao filme, não me atentei de primeira que se tratava de uma sequência, sequer sabia da existência do primeiro filme e logo me veio a pergunta “Será que eu preciso assistir ao primeiro filme?” A resposta veio logo nos primeiros minutos de filme, você não precisa preocupar-se em assistir ao primeiro filme, apesar de tratar-se de uma sequência, os fatos ocorridos em “O que será de Nozes?” não refletem diretamente nos eventos do segundo filme. Claro, houve alguns momentos em que eu senti a necessidade de ver ao primeiro filme para entender um pouco mais da relação entre Max e Andy, mas não é nada que justifique você ver ao primeiro filme. Isso é bom, já que não precisamos nos preocupar com algum momento perdido caso estejamos levando nosso filho para assistir à aventura dos roedores.

A lebre e a tartaruga

Já ouviu falar da história da lebre e da tartaruga? Farei um breve resumo para você caso não tenha ouvido falar. A lebre, após caçoar da tartaruga e declarar sempre ser a melhor e mais rápida, desafia-a para uma corrida. A lebre acha que deve pegar um atalho, como tudo na vida, para assim chegar mais rápido ao seu destino, mas acaba se atrapalhando no caminho e no final perdendo a corrida. No filme as coisas parecem bem parecidas. Max a todo momento aparenta ter um atalho para alcançar seus objetivos, enquanto que Andy procura sempre ir pelo caminho que aparenta ser o mais certo. Claro que o caminho de Andy não traz agrado ao seus amigos pois Max consegue vender bem seu peixe a todo momento, convencendo seus amigos a comprarem suas ideias. Claro que isso os leva a muitas confusões, mas também rende um momento muito legal no final do filme.

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Outra coisa legal de enxergar no filme é o impacto que os humanos podem causar ao invadirem o habitat dos animais. Isso vem muito de encontro ao que está acontecendo no Brasil atualmente com a Amazônia, então achei uma questão bem interessante de ver sendo tratada no filme.

Músicas nas horas certas, já as piadas…

A trilha sonora do filme encaixa em momentos muito bons. Não posso negar que foi muito interessante ver “Born to be Wild” sendo tocada em alguns momentos de ação, além de o bom encaixe de uma música da Etta Jones conseguiu arrancar-me boas risadas, mas não diria que isso aconteceu em muitos momentos do filme. Falo das risadas, claro, o filme tentou apostar em humor muito forçado para fazer com que as pessoas saíssem das salas se mijando, mas acho que o efeito foi muito ao contrário. Em vários momentos do filme as piadas foram colocadas de forma forçada, ou de uma forma que já era esperada, além de um personagem em especial com um bordão ao grande estilo “Zorra Total” que me irritou a todo momento em que aparecia. Do mais, as músicas deixaram uma ambientação legal e poderia ter sido o ponto em que eles poderiam ter apostado mais e deixado às piadas de lado, ou ao menos ter trocado a pessoa que escreveu as ideias delas.


 

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