Diablo 4 é a evolução definitiva de Diablo 2, mas os problemas impedem de aproveita-lo completamente

Testemunhamos a chegada de Lilith em Diablo 4, e esta é a experiência mais brutal da franquia até hoje

2023 é um ano cheio para a Activision Blizzard, seja pelo assunto que envolve a aquisição da empresa por parte da Microsoft ou mesmo o tão aguardado lançamento de Diablo 4. E este, por sua vez, se trata de um dos jogos mais antecipados pelo público no mundo inteiro. Após anos com Diablo 3 em vigência, enfim chegou o momento de seguir para o próximo capítulo desta saga brutal e viciante.

Com isso em mente, nós do Combo Infinito pudemos conferir como está Diablo 4 hoje – em sua versão Beta fechada. Neste texto, você encontra o relato de experiência que tive com o jogo desde a abertura da fase de testes.

Uma introdução primorosa, como era de se esperar

É comum em produções da Blizzard que exista um nível de qualidade cinematográfica quase incomparável na indústria hoje. E com Diablo 4, o caso não é diferente.

Mantendo a noção de qualidade exímia das animações, Diablo 4 nos coloca em um mundo desolado, onde uma ameaça do inferno está reunindo forças para dominar tudo sob um mar de sangue. Por algum motivo, nosso personagem – indiferente à classe ou forma como foi criado – possui uma conexão com aquela que é revelada como Lilith, criadora do mundo que estamos. Lilith, por sua vez, está em uma cruzada sangrenta, dominando as mentes mundanas que jazem sem esperança.

A atmosfera do jogo, no geral, está muito mais próxima de Diablo 2 do que efetivamente o já lançado D3.

Um combate tão ágil quanto viciante

Apesar dos modelos de Diablo 4 seguirem uma linha mais sóbria e apelativa ao realismo, o jogo conta com uma noção de combate ágil – muito mais derivada de D3 do que D2. Mesmo utilizando um personagem como Mago, por exemplo, não é efetivamente necessário estar parado para conjurar seus ataques. Nesse caso, joguei tal como um MOBA, onde o meu personagem representou o papel de um Atirador e eu andava enquanto disparava magias devastadoras.

No sentido de sensação de jogo, Diablo 4 se supera comparado aos anteriores. Há uma gratificante mistura de sentidos em meio ao processo, desde a tensão em quase morrer até mesmo o fator sonoro aplicado em efeitos e durante o combate no geral. Inclusive, a atmosfera criada através da trilha sonora e SFX facilmente se destaca no quesito imersão.

Retornando ao ponto de jogabilidade, seja com um personagem com ataques corpo a corpo ou mesmo à distância – como o caso do Rogue – os jogadores se sentirão satisfeitos com a forma com que o combate flui.

Nem mesmo Lilith resolve esses problemas…

Infelizmente, por mais que o componente geral de Diablo 4 seja positivo, esta fase de testes também serviu para nos deixar atento quanto ao lançamento do jogo. E isso porque, como bem sabemos, esta não tem sido uma fase “tranquila” de testes.

Além dos diversos problemas relacionados a conexão, o game nos PC’s está praticamente sugando recursos da máquina. Por exemplo, no meu caso, D4 chegou a utilizar 100% da GPU, fosse realizando transmissões ao vivo ou jogando sem qualquer outro aplicativo aberto. Mesmo após realizar diversas atualizações, ainda tive que reduzir configurações do jogo para que ele se tornasse estável em um cenário onde nada mais estava aberto.

Embora não tenha sido tão conturbado quanto o lançamento de Overwatch 2, dado o volume de interesse por Diablo 4, é possível que a versão final esteja tão conturbada quanto as versões de teste disponibilizadas este mês. Há muito o que corrigir, aprimorar e otimizar no que diz respeito ao uso de hardware da máquina e atributos gerais de conexão (considerando a versão em questão, disponibilizada na Battle Net).

Uma experiência defasada, mas definitiva

Enquanto funciona, Diablo 4 se mostra magnânimo no que propõe. Este jogo é uma clara evolução do que poderia ter seguido D2, mas também adiciona elementos do combate ágil proposto em D3. Visual e sonoramente, o jogo está primoroso em suas configurações altas – mas novamente, vale ressaltar, quando resolve funcionar.

Não importa se você joga no teclado e mouse ou controle convencional, certamente há uma classe apropriada para o seu estilo de jogo. Com a adição de um sistema mais técnico de evolução e a possibilidade de criar e customizar seu personagem, Diablo 4 está sendo moldado como a experiência definitiva da franquia. Resta agora descobrir se, até o lançamento, a Activision Blizzard poderá corrigir os diversos problemas que se aglomeraram durante esta fase de testes.

Por fim, Diablo 4 está marcado para o dia 6 de Junho de 2023, e conta com versões para Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5 e PC’s.

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