Hazel Sky é o novo game do estúdio Coffee Addict, e promete elevar a noção de “ser um engenheiro“
O desenvolvimento de jogos no Brasil está em uma crescente nunca antes vista, e com isso, cada vez mais estúdios estão arriscando com projetos ambiciosos e carismáticos. Entre eles, temos o estúdio Coffee Addict, que em breve – mais precisamente, hoje (19) às 22h00 – disponibilizará oficialmente Hazel Sky. O projeto é fruto de uma equipe que se conhece faz muito tempo, traçando uma jornada desde os tempos de faculdade.
Sob o comando de 4 sócios – Fábio, Bruno, Leonardo e Mauro – Hazel Sky está em desenvolvimento faz 5 anos. Ao todo, esses 4 desenvolvedores são responsáveis pelo projeto desde a concepção. O game esteve em desenvolvimento todo esse tempo com a Unreal Engine 4, e a equipe do estúdio demonstrou ter um vasto conhecimento quanto ao software.
O game será publicado pela Neon Doctrine, e conta com versões para Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, PC e Nintendo Switch. As versões da nova geração (Xbox Series e PS5) são retroativas das versões do Xbox One e PS4, não se tratando de upgrades efetivamente.
Antes de continuarmos, recomendo conferir o trailer de Hazel Sky logo abaixo:
Recentemente, o Combo Infinito teve a oportunidade de conversar com parte dos responsáveis pelo projeto. Com isso, pude conversar com Fabio, Leonardo e Mauro sobre o que os jogadores podem esperar em Hazel Sky.
O resultado dessa conversa você confere logo abaixo.
Entrevista na íntegra
Shane, o protagonista, está em uma jornada para se tornar um Engenheiro. O que fez a equipe escolher especificamente essa função?
A ideia do projeto sempre foi girar em torno da resolução de puzzles, todos eles visando o conserto de máquinas. Achamos a justificativa de um teste para ser Engenheiro perfeita para a causa. A partir daí conseguimos detalhar melhor os setores do jogo, o que o Shane iria fazer em cada um, quais materiais e ferramentas utilizará.
No site do jogo, é mencionado que Shane cria uma amizade “ilícita” com Erin. Algo que inclusive pode mudar a forma como Shane encara o mundo. O que significa essa ideia de “ilícito” no contexto da amizade entre os dois?
Shane sempre foi uma pessoa focada em cumprir as metas impostas sem questionar nada. Chegando na primeira ilha depois de montar o planador, Shane acorda com uma voz vinda de um rádio amador. Assim, ele atende e começa a conversa com Erin, fato esse que é proibido já que os rádio não foram feitos para a comunicação entre pessoas que estão fazendo os testes. A Erin tem uma visão mais aberta do mundo. Sabe que não precisamos seguir tudo aquilo que é mandatório e tenta passar isso para o Shane, que aos poucos começa a mudar a forma como pensa.
Outro detalhe interessante é a menção à “artistas insultados“, como parte de uma divisão do mundo em que Shane vive. O que vocês podem nos dizer sobre esses “artistas“?
Os artistas são a classe oprimida no mundo, por não terem aptidões para se tornar Engenheiros. Eles foram jogados para o trabalho totalmente exploratório. Depois de muito sofrimento, eles encontram um expoente na sociedade que promete os guiar para uma vida mais digna. E portanto, isso só aumenta o fogo da revolução. Toda essa narrativa fica bem clara nos rádios espalhados por diversos lugares no jogo.
Também de acordo com informações do jogo, a “sociedade” desse universo está cada vez mais próxima de algo “novo“. Apesar da história de Shane parecer contida na ilha onde ele enfrenta os desafios, essa noção dá a entender que a jornada é muito mais ampla do que aparenta.
Como o jogador pode perceber na introdução onde Flynn, o pai de Shane, o leva para a torre e nos rádios do jogo, existe uma revolução acontecendo em Gideon, a cidade voadora. Um dos pontos que buscamos passar é justamente o conceito de coletividade. Isso se reflete totalmente no futuro da cidade por exemplo, essa que sim, estará disponível para o jogador durante a gameplay. Aliás, será possível jogar com mais de um personagem em mais de um lugar. A história não se resume só com o Shane tentando fazer os testes.
Em termos visuais, tanto modelagem, direção de arte e iluminação, Hazel Sky parece ser um deleite. As imagens do site em si são um show a parte. Qual a resolução e FPS que vocês estão mirando?
No PC, a margem é atingir full HD – com uma RX560 ou GTX970 – 60fps, e com resolução de 1920×1080. Uma 1660 em 4K pode alcançar 25fps, considerando a resolução completamente em 4K. Mas, considerando um hardware de maior impacto, uma 3070 – por exemplo – dá conta. Por outro lado, nos consoles, o framerate estará travado a 30fps.
Dentro do jogo há vários itens que Shane pode observar, e eles parecem ligados a puzzles, ou até mesmo formas de expandir a história com detalhes adicionais. Como se encaixam esses itens na jornada do jogador?
Os itens tem várias funções, alguns existem somente para enriquecer a história e aumentar a imersão do jogador. Mas, outros são fundamentais para a sequência da gameplay. O grampeador que é pego logo no início do jogo é a principal ferramenta que Shane vai usar durante o jogo, inclusive ele pode melhorar o grampeador pra resolver outros problemas. Em adição, há também um cogumelo que o Shane pode, ou não, comer na primeira ilha, e que ajuda ele a conseguir a senha do cadeado pra sair do local. Existem várias chaves que abrem baús, caixas e portas, que com certeza ampliam bastante a experiência. No jogo será possível encontrar uma vasta literatura, com por exemplo, livros, cartas e anotações. O jogador terá oportunidade de conhecer muito sobre a ambientação de Hazel Sky.
Por fim, quais as referências e inspirações do estúdio em Hazel Sky?
O jogo teve várias inspirações, muitas partes de mecânicas vieram do nosso amor por jogos das franquias Uncharted e Tomb Raider. A parte visual tem muita influência de Rime e da série BioShock, principalmente o Infinite.
Fonte: Entrevista com o estúdio Coffee Addict
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