Um sucessor espiritual digno?
Em 2014, a Gearbox entregou sua franquia de sucesso, Borderlands, para a Telltale criar uma nova experiência aos moldes de seus renomados títulos como, por exemplo, The Walking Dead: A Telltale Series – que inclusive foi o GOTY de 2012. Assim, nasceu Tales from the Borderlands, que embora não tenha alcançado números que a Gearbox esperava, recebeu ótimas notas e excelentes críticas por sua narrativa. Tales from the Borderlands, sobretudo, foi um prequel da famigerada franquia da Gearbox e introduziu personagens muito bem construídos com uma narrativa cativante.
Dito isso, com as controvérsias envolvendo a Telltale, uma continuação parecia impossível. Porém, a Gearbox resolveu dar continuidade na injustiçada IP, desta vez, honrando seu predecessor, porém como o DNA da própria Gearbox.
New Tales from the Borderlands chegou ao mercado em 21 de outubro de 2022 para PS5/PS4, Xbox Series/ One e PC com um grande desafio: superar o impecável roteiro de Tales from the Borderlands. Será que este sucessor espiritual vai conseguir convencer os fãs do título de 2014?
Me acompanhe e descubra!
Três zeros à esquerda salvando o universo
A priori, New Tales from the Borderlands não é uma sequência do título de 2014. O sucessor espiritual é uma continuação direta de Borderlands 3 (2019) e situa-se em Promethea. Assim, uma fabricante de armas Tediore começou a invadir o respectivo planeta e no controle de três protagonistas jogáveis: Anu, um cientista altruísta, Octavio, irmão de Anu que está em busca de fama e fortuna, e Fran, a dona de uma loja de iogurte congelado que usa uma cadeira flutuante para mobilidade temos uma missão.
No controle destes personagens, cada um com suas próprias esperanças e sonhos, devemos lutar contra agentes da Tediore, bem como monstros e criminosos que vagam pelo planeta, e salvar Promethea da ameaça da Tediore.
Pois bem, o grande problema do enredo de New Tales from the Borderlands é a construção de seus três protagonistas que não possuem carisma e são detentores de uma atuação forçada e nem um pouco engraçada. Quem viu Rhys e Fiona, em Tales from the Borderlands, vai sentir o baixo nível de qualidade de diálogos e desenvolvimento narrativo para estes personagens.
Em suma, a narrativa criada pela Gearbox e por alguns membros da Telltale, que trabalharam no título de 2014, construíram uma narrativa que tenta te convencer que é engraçada e cativante com um forma forçada com diálogos desnecessários e piadas fora de hora. Porém, quando ele não se preocupa em transmitir essa impressão, o roteiro acha o ponto certo e consegue trazer momentos hilários sem mesmo usar uma palavra.
Um elenco secundário de dar orgulho
Em adição, embora nãos sendo uma sequência direta de Tales from the Borderlands, o título fez questão de honrar a participação do prequel com a presença de personagens do game de 2014, além de uma abertura que não se envergonha de fazer referência, que sem dúvida, irá dar aquela aquecida no coração de quem jogou Tales from the Borderlands.
Por fim, referências são o que não faltam em New Tales from the Borderlands. Estas homenagens invadem os games como Metal Gear; um minijogo que homenageia Street Fighter; batalhas ao melhor estilo dos Final Fantasy clássicos; filmes como Kill Bill e séries de TV como Shark Tank.
Em suma, o enredo de New Tales é uma montanha russa de sentimentos. Embora sua narrativa seja muito abaixo do que a Telltale criou em Tales from the Borderlands, os eventos que se distanciam do foco principal, com seus personagens secundários e as inúmeras referências, são momentos marcantes que me convenceram a continuar investindo em sua fraca narrativa principal.
Mais cinematográfico do que nunca
Toda aquela estrutura de point and click permaneceu, porém com mais interações e um dinamismo a mais. Ademais, o famigerado sistema de loot, com a coleta de dinheiro, foi mantido dentro do game e agora você pode usá-lo na compra de cosméticos para os personagens. Não somente isso, mas toda estrutura de menus lembram Tales from the Borderlands.
Quanto ao fator cinematográfico, New Tales é detentor de mais cenas de ação e de um visual mais fluido e realista se comparado aos de 2014. O que, de fato, ocorreu foi que a Gearbox decidiu levar seu visual, presente nos games do segmento principal da franquia, para o segmento narrativo e o resultado deu certo.
Diante disso, New Tales from the Borderlands deu uma nova roupagem ao título que lhe deu origem.
Mas afinal, New Tales from the Borderlands é tudo isso mesmo?
Diante de tudo que experienciei, New Tales from the Borderlands está longe de ser tão bom quanto foi Tales from the Borderlands, porém, ele não é de um todo ruim. Suas referências, a atuação de seus personagens secundários dão um equilíbrio a má performance dos protagonistas principais na trama do game.
Se você é fã e ama este universo, embarque ciente que não terá uma narrativa igual a de 2014, mas você será conduzido a inúmeras referências e momentos raros, porém únicos de um elenco secundário de dar orgulho.
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