Jogos violentos ainda vão protagonizar muitas discussões polêmicas
Mais uma vez, jogos violentos é pauta de discussão polêmica. Dessa vez, o representante do estado de Rhode Island, EUA, sugeriu cobrar imposto para jogos para maiores. Bobby Nardolillo quer adicionar 10% ao valor do jogo que for classificado como M (Mature). Essa é a faixa etária para os adultos, segundo o ESRB, organismo responsável pelas classificações.
O dinheiro coletado será para um trabalho nas escolhas, o qual tem o objetivo de aconselhar os alunos. Essa proposta surgiu após os últimos acontecimentos que ocorreram na terra do tio Sam. Outro daqueles tiroteios terríveis ocorreu em uma escolha causando a morte de 17 pessoas.
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“Existem evidências que as crianças expostas a games violentos com pouca idade agem de forma mais agressiva dos que não são,” disse Bobby Nardolillo. “Esta legislação forneceria para as escolas recursos adicionais para ajudar os estudantes com essa agressão de uma forma positiva. O nosso objetivo é tornar todas as escolas em Rhode Island seguras e em ambientes calmos para os estudantes aprenderem. Ao oferecermos às crianças os recursos para controlarem a sua agressão, podemos assegurar um amanhã mais seguro.”
Confira uma cópia do documento do representante:
Acontece que Nardolillo parte do princípio que existe uma ligação entre jogos e violência, sendo que na prática não é bem assim. Segundo estudos recentes, apenas 20% dos tiroteios em escolas acontecem por pessoas que jogam games. E ainda assim não há comprovação de que foram os jogos que causaram o problema.
Outros estudos apontam que crianças que jogam, apresentam um comportamento mais agressivo, entretanto não há nenhum índice que prove a influência tamanha que leve ao desfecho de tiroteios.
Há um pequeno detalhe que talvez o representante esqueça, que é a classificação. Quem é o responsável por liberar o uso de jogos violentos para as crianças? Os pais, portanto, são eles que deveriam ser conscientizados sobre isso. Aumentar impostos sobre jogos violentos não irá solucionar nada, porque a compra do jogo não é a causa do problema.
Também esbarramos no fato dos estudos não terem embasamento que provem que games fazem as pessoas atirarem uma nas outras. Se fosse assim, o mesmo deveria ser pensado para filmes, séries, desenhos e todo tipo de mídia que as crianças consomem.
