REVIEW: The Last of Us Part 2 Remastered é a versão definitiva, mas não é perfeito

The Last of Us Part 2 Remastered

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A Naughty Dog surpreendeu a comunidade ao anunciar precocemente a remasterização de The Last of Us Part 2, gerando grande expectativa. Agora, após alguns meses, a remasterização está disponível, e podemos avaliar se vale a pena investir no upgrade para esta edição ou se esta é a versão definitiva do jogo.

É importante ressaltar que a análise se baseia na experiência com os conteúdos extras presentes nesse pacote, mantendo a opinião já estabelecida sobre The Last of Us Part 2 em 2020. Inclusive, é fato que este é um dos maiores jogos que já foi produzido na história dos videogames, e a maneira que ele trata de diversos assuntos pertinentes ao mundo é prova que os mesmos vão muito além de apenas sentar na frente da TV e jogar. 

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Contudo, a decisão de lançar uma remasterização tão próxima ao lançamento do jogo original levanta a questão sobre a necessidade ou relevância do conteúdo adicional. No entanto, The Last of Us Part 2 Remastered destaca-se pelos gráficos aprimorados, modos de jogo inéditos e mais conteúdo. Vamos aos detalhes!

Os gráficos estão realmente melhores?

The Last of Us

The Last of Us Part 2 no PS4 é um dos melhores exemplos de como um estúdio focado em uma única plataforma pode extrair o máximo do hardware disponível. No entanto, essa realidade não se aplica à maioria dos estúdios, que precisam equilibrar a entrega de uma experiência de qualidade em uma variedade de dispositivos. Os estúdios internos da Sony se destacam nesse aspecto, pois têm a vantagem de dedicar mais tempo à aprimorar a qualidade geral de seus jogos.

Com a remasterização programada para esterar em 19 de janeiro de 2024, a Naughty Dog promete gráficos melhorados e texturas com maior definição. E, de fato, é isso que eles conseguem entregar. No entanto, considerando que o jogo original do PS4 já era incrível, os jogadores podem notar apenas algumas diferenças em comparação com a atualização que o jogo recebeu para rodar no PS5 a 60 FPS. Em outras palavras, se a sua vontade de experimentar o jogo com uma resolução mais alta for muito forte, a remasterização atenderá a essa expectativa, mesmo que as diferenças sejam apenas “ok”.

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As Fases Perdidas

Uma das grandes adições da versão remasterizada de The Last of Us Part 2 é a inclusão de trechos do jogo que foram originalmente deletados da versão final. Esses três cenários planejavam ser integrados à narrativa, mas, de acordo com o diretor Neil Druckman, como ele explica em vídeos anteriores a cada uma dessas missões, a decisão de removê-las foi tomada para preservar o ritmo da aventura.

O estado atual de cada uma dessas fases perdidas permite que os jogadores as experimentem, mesmo que não estejam completamente finalizadas em termos de animação, vozes e até elementos de jogabilidade. Uma característica interessante é a capacidade do jogador de ativar ou desativar os comentários dos produtores durante essas fases adicionais. Particularmente, eu recomendo fortemente jogar com os comentários ligados, já que cada um deles posiciona o jogador sobre o que o time de desenvolvimento estava imaginando para aquela cena e o motivo dela ter sido removida.

Os novos cenários de The Last of Us

O primeiro cenário, intitulado “Festa em Jackson”, parece ser mais simples do que o esperado, com uma quantidade limitada de gameplay. No entanto, uma curiosidade interessante marca essa fase (que não vou detalhar aqui). O segundo cenário, ambientado nos esgotos de Seattle, destaca-se por oferecer um ambiente avançado, colocando os jogadores no controle de Ellie em uma área que utiliza correntezas para gerar dinâmicas de gameplay. É um trecho muito interessante que facilmente poderia ter permanecido no game.

Por fim, o terceiro cenário, “A Caçada”, apresenta Ellie perseguindo um javali, expressando sua raiva pelos eventos que antecedem o clímax da narrativa. Apesar de ser um cenário relativamente curto, ele oferece uma visão intensa da fúria de Ellie. No entanto, sua verdadeira valia pode residir mais nos comentários dos produtores, que proporcionam insights sobre o processo de criação e as razões por trás da exclusão dessa cena.

No geral, eu esperava mais cenários para jogarmos, mas valem a pena pela curiosidade.

Sem Volta – O Modo ‘Rogue Like’ de The Last of Us

The Last of Us

Ao contrário de God of War Valhalla, o modo Sem Volta não introduz mais elementos à narrativa, sendo essencialmente um modo Arcade centrado no combate. No entanto, destaca-se por sua dificuldade considerável, especialmente em níveis mais elevados, onde os recursos tornam-se escassos rapidamente.

Os jogadores são confrontados com escolhas determinantes para o cenário, sendo o estilo “Assault” o mais comum, permitindo ao personagem evitar a detecção no início de cada onda de inimigos, e o “Hunted“, onde os inimigos têm conhecimento da sua localização e o caçam até o final do tempo.

A estrutura do modo segue o padrão de um Rogue-Like, onde os jogadores melhoram suas armas e habilidades a cada run, culminando na perda desses avanços ao morrer. Os pontos acumulados acabam registrados em um ranking no servidor do jogo, mas não há progressão permanente entre as runs. O incentivo recai na conclusão das mesmas, derrotando chefes e superando desafios para desbloquear novos personagens, skins e mais.

Eu gostei do formato do modo, mas não acho que seja incrível – ainda mais depois do que vimos com God of War Ragnarok Valhalla. “Sem Volta” é um daqueles modos extras que sinto que pode cansar rápido a maioria dos jogadores e que vai, ao mesmo tempo, gerar uma boa quantidade de fãs que vão disputar entre si o ranking geral e online. O combate e as situações nos cenários não se destacam significativamente do jogo principal, consistindo principalmente em enfrentar ondas de inimigos ou defender-se por determinado tempo.

Uma sugestão é que a Naughty Dog poderia ter pensado em recompensas mais atraentes para incentivar a dedicação dos jogadores ao modo.

Toque violão quando quiser e de diversas formas

The Last of Us

Agora, também é possível entrar em um modo que oferece acesso a diversos tipos de violões, cada um com uma abordagem sonora distinta. Além disso, a novidade inclui a opção de escolher entre os personagens Ellie, Joel e o compositor Gustavo Santaolalla, uma homenagem especial ao argentino responsável pelas marcantes canções do jogo.

A presença do compositor recriado no jogo é, sem dúvida, uma bela homenagem. No entanto, o modo pode tornar-se mais apreciado por aqueles que têm conhecimento musical, enquanto os jogadores menos familiarizados podem experimentá-lo apenas uma vez. Seria interessante se a Naughty Dog pudesse ter inventado mini games, ou uma espécie de guia para que os jogadores explorem mais essa experiência. Não seria necessário um curso de música, mas algo “mais videogame” que pudesse divertir um pouco mais. Do jeito que está, para mim, é algo apenas curioso.

Conclusão

Apesar de ser uma remasterização lançada prematuramente, The Last of Us Part 2 Remastered é considerada a versão definitiva do jogo, especialmente para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de experimentar esse título aclamado. Contudo, vejo que os motivos dessa remasterização existir é apenas para manter o jogo com preço alto e cobrar pelo upgrade, o que não é legal por parte da Sony.

Apesar disso, nada muda o fato de que este jogo é incrível. Nossa nota para The Last of Us Part 2 Remastered é a mesma do jogo original, que foi 10, uma vez que ele é o mesmo jogo, melhorado graficamente e com modos extras – mesmo que estes modos extras não sejam lá tão empolgantes assim.

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