The Last of Us: Temporada 1, Episódio 5 – O povo massacrado, e o desespero dos vivos

AVISO: Este texto contém SPOILERS do quinto episódio de The Last of Us, exibido no HBO Max

Diferente do episódio quatro de The Last of Us, a HBO antecipou a exibição do episódio cinco. Ao invés do habitual costume de domingo a noite, desta vez, o episódio foi ao ar às 23h00 da sexta-feira (10).

E como de costume, estamos mais uma vez diante de um episódio que aborda não somente Joel e Ellie, mas também a trajetória conturbada de Sam e Henry.

A partir deste ponto, o texto traz SPOILERS do quinto episódio de The Last of Us

No lugar de Ellie e Joel, o episódio começa com a trajetória de Henry e Sam até o ponto em que os encontramos ao fim do episódio 4. A conexão entre os irmãos é mais do que evidente em seus respectivos tempos de tela, e tanto Lamar Johnson (intérprete de Henry) quanto Keivonn Woodard (intérprete de Sam) fizeram jus aos papeis que carregaram grande significado durante o episódio.

Apesar do primeiro encontro ameaçador, Henry revela para Joel que na verdade as armas estavam descarregadas. Ele, por conta própria, jamais havia tirado outra vida – a não ser a de um “grande homem“, o qual denunciou para salvar a vida de Sam durante o período em que desenvolveu Leucemia. Ao longo de diferentes conversas, entendemos que Henry se tornou um “colaborador” da FEDRA ao entregar o irmão de Kathleen para o exército. Este, por sua vez, foi o estopim para a insurreição de Kathleen e o grupo do povo.

Henry e Sam são considerados os “mais procurados” do Kansas, e o contexto do episódio faz jus ao título. Enquanto Joel, Ellie, Sam e Henry traçam um plano de ação para escapar da cidade, Kathleen designa todas as forças possíveis para caça-los. Antes, Joel e Ellie entraram em confronto com as forças do Povo, e acabaram se tornando alvos de um legítimo esquadrão da morte.

A calma antes, e a tempestade, em um único episódio

Durante boa parte do percurso nos túneis, Joel, Ellie, Henry e Sam criam laços mais fortes. Embora o primeiro encontro não tenha sido dos melhores, a relação entre o grupo se desenvolve bem durante boa parte do episódio. Momentos como Ellie e Sam lendo quadrinhos juntos acabam mais uma vez trazendo à tona a ideia de que há esperança no universo apocalíptico de The Last of Us. No entanto, sabemos que não é assim que a banda toca…

Após pouco mais da metade do episódio cinco, chegamos a um impasse. É neste momento que os eventos de The Last of Us aceleram freneticamente, em uma sequência de cenas capazes de prende o público.

Ao avançar contra o sentinela acampado em uma casa no fim do quarteirão, Joel descobre que as forças de Kathleen os encontraram. Em uma situação desesperadora, Joel consegue impedir que Ellie, Sam e Henry sejam atropelados pela frota de carros maquinados do Povo. Infelizmente, isto não foi o suficiente para para-los.

Quando Henry estava pronto para assumir a execução para salvar Ellie e Sam, outro evento catastrófico ocorre: o Cordyceps libera uma horda de infectados dos mais diversos.

Pandemônio e desespero

À partir deste ponto, temos um momento que certamente ficará marcado pelo público que assiste The Last of Us avidamente. Um momento onde Ellie, interpretada por Bella Ramsey, atravessa um campo de guerra repleto de execuções e criaturas sanguinolentas. Enquanto Sam e Henry tentam fugir, Joel luta contra os próprios instintos para se manter firme e garantir a segurança de Ellie.

Este é um momento interessante para o futuro de The Last of Us, pois pouco a pouco, Pedro Pascal está mostrando um lado de Joel mais receptivo à lamentar as falhas. O crescente vínculo com Ellie foi o suficiente para fazê-lo tremer com medo de errar durante o confronto.

É importante destacar que a série acertou em outro ponto de extrema importância: a caracterização dos infectados pelo cordyceps. O “Bloater“, como é conhecido, aparece de forma tão assustadora e imponente, que consegue de fato transmitir a sensação de um encontro com o inimigo no jogo.

Desnorteada, Kathleen encontra outra oportunidade para executar Henry, mas se depara com um dos maiores clichês situacionais utilizados em longa metragens. A atriz Melanie Lynskey certamente fez valer a oportunidade de interpretar um personagem original em The Last of Us, mas senti que o fim da personagem poderia ter sido melhor elaborado.

O ato final, e um “novo começo“

Por fim, após o confronto, a série de The Last of Us realmente mostra a que veio. Abalados, Henry e Sam estão se preparando para dormir, e eis que Sam revela ter sido infectado durante a fuga. Ellie, em um gesto para tentar ajudar, tira o próprio sangue e pressiona contra o ponto afetado. Ela conta para Sam que seu sangue é o remédio.

No dia seguinte, Ellie é surpreendida por Sam infectado, causando pânico em Henry e Joel, que prontamente tentam agarrar a arma mais próxima. Reagindo de forma ágil, Henry toma controle da arma, e as cenas subsequentes tomam um rumo trágico para os irmãos.

Agora, Ellie e Joel seguem viagem rumo a Wyoming. Ainda há vários eventos significativos para ocorrer, e estamos curiosos para conferir como será o tão aguardado encontro entre Joel e seu irmão.

Por fim, The Last of Us retorna ao cronograma normal na próxima semana, com o episódio 6 indo ao ar no domingo (19 de Fevereiro).

A série está disponível no serviço de streaming HBO Max e canais HBO.

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