Devil May Cry surgiu em 2001 pelas mãos do genial Hideki Kamyia. O jogo alcançou um grande sucesso em pouco tempo. Muito disso é por ter uma jogabilidade frenética e um conceito de Hack ‘n Slash novo para o que tínhamos na época.
O jogo possuía uma história interessante, misturando um pouco dos contos do inferno de Dante, bem como a velha batalha entre anjos e demônios. Tudo isso transformou DMC em um título aclamadíssimo e a sequência era inevitável. Depois de dois anos, 2003, DMC 2 chegou às prateleiras. Em 2005 veio o terceiro jogo. Depois disso ganhou mais dois jogos e algumas remasterizações. E assim foi criada uma saga que viria a ser uma das mais importantes do início dos anos 2000.
Vale a pena jogar Devil May Cry HD Collection?
Essa é a grande questão colocada nesse artigo em forma de análise. Claro que a discussão vai muito além, pois podemos pensar se Remasters valem a pena serem jogados. Mas nesse caso, vamos focar nesse título, por motivos óbvios.
Desde o primeiro lançamento do jogo, até hoje, passaram-se 17 anos. Nesse intervalo, muitas coisas aconteceram, evoluíram e modernizaram. DMCHDC traz os 3 primeiros games da série e o faz com muita propriedade. Esse jogo já havia sido lançado na geração passada – Xbox 360/PS3 – e agora retorna para PS4 com apenas um objetivo, preparar os jogadores para o que está por vir.
Jogar Devil May Cry 1 é sempre um deleite. Joga-lo na época sempre foi um grande desafio, porém hoje, você encara de uma maneira completamente diferente. E quando começa o 2, imagina logo como que em 2 anos, as coisas foram tratadas de maneira muito diferente. E ao jogar o 3, conseguimos analisar perfeitamente que um passo para trás é a melhor maneira de seguir em frente.
A minha visão, de gamer Old School e que jogou os jogos em suas épocas pertencentes diz que joga-lo hoje vale a pena por puro conhecimento e discernimento para entender o que ocorreu na industria ainda se divertindo bastante com o que esses jogos tem a oferecer.
A Evolução dos Devil May Crys
Esse três títulos mostram ideias e conceitos diferentes para um mesmo jogo. O primeiro você consegue, claramente, ver que tem um estilo totalmente ultrapassado. As câmeras são difíceis de se acostumar, pois são travadas e as vezes não se alocam bem nos combates. Por outro lado é um jogo com uma ótima história e principalmente que te traz um desafio tenebroso. É um game bem difícil e recompensador.
O segundo jogo da saga tira o pé do acelerador no quesito desafio. Os personagens são muito mais fáceis de matar e até mesmo a economia do game (Compra de itens) é mais acessível. Com relação à mecânica, você encontrará uma evolução absurda, com mais combos e tiro automático de Dante, diferente no primeiro que a cada gatilho era uma pressão no botão – (chegava a dar dor nos dedos). Destaque negativo para a história que cai bastante em qualidade e enfraquece o que foi feito no 1.
O terceiro traz a evolução do 2 com um pouco mais de desafio e com uma melhor história. É talvez o que há de mais equilibrado e coerente, comparando os erros e acertos dos 2 primeiros.
A Evolução e Involução dos jogos
Esse foi um dos temas que nos fez gravar um vídeo no nosso canal. Ao jogar Devil May Cry 1, depois de tanto tempo, tive um impacto muito grande. O desafio que aquele jogo emprega, por mais que seja datado em outros aspectos, é difícil vermos hoje. Os jogos mais desafiadores são considerados de nicho, quando na verdade eram bem mais comuns nos anos 90 e 2000.
O que aconteceu nesse meio tempo sugere o que vemos muitos nos games de hoje. Para atender a uma audiência maior, os jogos ficaram muito mais acessíveis deixando o desafio apenas para uma parcela do mercado. Isso desencadeou uma onda de jogos fáceis em todos os gêneros, o que causou até certa revolta em jogadores profissionais de games de luta. Eu entendo a empresa que busca elevar seus números e proporcionar uma melhor experiência para seu consumidor, por outro lado deixa de lado um dos principais pilares dos games, que é a diversão. O desafio (veja que eu não disse dificuldade) é diretamente proporcional ao divertimento proporcionado.
Tanto isso é verdade, que o segundo jogo de Devil May Cry é um dos mais criticados também por diminuir o desafio.
Conclusão – Devil May Cry HD Collection
Jogar Devil May Cry HD Collection te trará boas horas de jogatina. Com um visual que, claramente, está datado, mas é compensado por mecânicas atuais e uma história muito bacana. Essa versão que engloba os 3 primeiros games da série vale a pena ser jogado para aqueles que são fãs da franquia, mas os que gostariam de conhecer a história e saber como evoluiu o gênero e o que envolve o desenvolvimento de jogos. O mais importante de tudo é poder sonhar que, em breve, veremos Devil May Cry 5.
