Análise: Bloodborne – Visceral, Intenso e Desafiador

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BloodborneBloodborne teve a sua primeira aparição na E3 de 2014 revelando que seria um exclusivo de Playstation 4 e desenvolvido pela From Software. Pois bem, a desenvolvedora, conhecida e aclamada pela série Soul’s, apresentava um mundo completamente novo, porém utilizando as mesmas fórmulas de seus anteriores.

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‘Antes de mais nada’ é impossível não fazermos um comparativo com a série Soul’s e sei que muitos esperam essa comparação, mas o objetivo dessa análise é revisar Bloodborne como um jogo único, e é assim que ele merece ser lembrado.

Antes do game ser lançado, muito se discutia sobre se a dificuldade de seus antecessores estaria presente nesse título e a resposta não poderia ser mais simples do que – SIM! Obviamente, como havia dito Hidetaka Miyazaki, o homem responsável por todos esses jogos, Bloodborne está menos punitivo, porém de maneira alguma isso o torna mais fácil. No game você encontra lanternas que funcionam mais ou menos como checkpoints, para que quando você morra, não precise voltar desde o ponto inicial da fase, mas não se engane, há pouquíssimas dessas lanternas, portanto você precisa tentar ficar vivo.

bloodborne-lanternaO jogo se passa em Yharnam, uma cidade completamente destruída, onde segundo os rumores, é um local que mantém um poderoso medicamento e durante anos, muitos viajantes procuravam na cidade a cura para suas moléstias. Você encarna no papel de um desses viajantes, mas ao se deparar com o estado de calamidade que a cidade está é necessário utilizar de suas habilidades de caçador para sobreviver e trazer de volta a humanidade ao mundo.

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Por não ser um RPG nato, Bloodborne abusa na customização de seu protagonista. Na aparência do indivíduo, você possui mais de 10 controles para moldá-lo do jeito que desejar. Para se ter uma ideia da variedade de opções, o jogador tem por volta de 5 ou 6 controles apenas para ajeitar o queixo do personagem – e não estou de sacanagem. Outro controle interessante é o fato de você poder escolher a origem do seu herói, a qual interfere diretamente em seus atributos. Apesar de tanta customização, o personagem não apresenta todas essas escolhas visualmente, pois no jogo, o que vai diferenciar seu char é a sua vestimenta.

Começa o jogo e a From Software e todos os envolvidos já dizem ao jogador ao que veio – rapidamente você sofre uma morte estraçalhadora. É então que o game apresenta o “Sonho do Caçador“. Nesse local específico, o personagem poderá comprar/vender itens, melhorar armas, armazenar objetos, fazer rituais, escolher as fases, quando disponíveis, e por fim, aumentar o nível do seu herói.

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“Esse é o preço que se paga pela evolução” – by Alepitecus

O que normalmente conhecemos como “XP” em Bloodborne utiliza-se Ecos de Sangue. Esses elementos, são pontos que você acumula após derrotar seus inimigos, os quais servem tanto para comprar itens como para fortalecer o personagem. E um detalhe que é bem interessante nessa mecânica é que você não conquista seu nível, mas sim o compra com esses Ecos, ou seja, você poderá escolher qual característica irá evoluir e paga um preço de sangue por ela. Após o pagamento, você sobe de nível e automaticamente encarece o valor a ser pago por um novo aumento de atributos.

Ao longo do jogo uma variedade imensa de itens estão dispostos no cenário para coletar. Muitos deles estão em locais bem escondidos – o que motiva o jogador a explorar bastante os cenários em busca de raridades – ou guardados por feras sinistras e poderosas. Você poderá encontrar tanto repositor de vida, como armas de ataque, vestimenta do personagem, ou até mesmo antídotos para os status negativos que as criaturas causam em você. Bloodborne é um exemplo de que explorar o cenário vale a pena.

Os equipamentos tem um papel muito diferente dos jogos que estamos acostumados. Normalmente, no decorrer da narrativa você compra/encontra acessórios mais fortes, mas nesse game esse conceito não funciona. Cada veste, chapéu, luvas e botas tem seus atributos equilibrados, estejam eles custando 20.000, ou 5.000. O que vai determinar sua utilização é contrapor os poderes dos chefes que você irá enfrentar – Caso você encare uma fera com poder de raio, o mais sensato é utilizar as vestimentas que previnem esse tipo de dano.

bloodborne-cenarioO cenário é muito bem feito, amplo, rico em informação e define bem a atmosfera soturna que o jogo possui. A paleta de cores é fria por onde você passa, porém em alguns momentos, você pode enxergar o céu Vermelho/Laranja o que dentro do jogo pode funcionar como um pingo de esperança para a vida humana.

A curva de aprendizado e a curva de dificuldade são muito bem planejadas. A primeira te faz entender o jogo com facilidade e te proporciona todas as possibilidades para montar a sua estratégia e descobrir a melhor maneira de fortalecer seu herói para obter um melhor desempenho. A segunda o buraco é mais embaixo. As criaturas, pequenas ou gigantes tem golpes e forças descomunais podendo te matar em um instante, portanto o jogador deve ficar concentrado os mínimos segundos, porque um vacilo sequer pode significar a morte.

Assim como na série Souls, os chefes do game são BESTIALMENTE GIGANTES. Dificilmente você conseguirá levar vantagem sobre eles na primeira vez, logo, você deve estudar as criaturas tentando saber quais são os padrões de ataque deles e acima de tudo, treinar sua agilidade e sua esquiva.

O combate é um elemento que divide minha concepção. Por um lado, acho extremamente bem encaixado , com um estilo bem Hack n Slash frenético com a arma corpo a corpo (muito similar a série Souls), variando com a opção de carregar uma pistola poderosa e saber utilizá-la na hora certa é quase uma arte. De todo modo, eu senti falta de maior variedade de golpes e combos do personagem, mas felizmente isso é um capricho desse que vos escreve.

O recurso online é um capítulo a parte em Bloodborne. Possuindo três sinos diferentes você pode convidar alguém para te ajudar, se disponibilizar para ajudar alguém que pede ajuda, ou mesmo para testar uma batalha PVP sangrenta. A possibilidade que esses itens oferecem ao Universo trazem ao jogador uma outra perspectiva e modifica sua maneira de jogar, sem contar que aumentam consideravelmente a longevidade do jogo.

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Tenho dó de quem for lavar essa roupa!

A trilha sonora cumpre muito bem seu papel, principalmente quando você enfrenta um “BOSS”. Pense que você está andando sozinho numa cidade completamente destruída e repleta de bestas assassinas, quando do nada, você entra em campo aberto com um coral cantando uma música sinistra – ah amigo, prepare-se, o bicho vai pegar.

Claro que nem tudo são flores. Um erro gravíssimo havia sido reportado por jogadores, o qual impedia de continuar o game, mas uma atualização providenciou a correção desse erro. Esse título ainda tem problemas sérios com queda de fps, principalmente quando há muita informação na tela. Outro fator negativo é a demora absurda de loading. Sempre que você morre – o que acontece muito – ou volta ao Sonho do Caçador, pode ir tomar um café e dar aquela tirada de água do joelho. Exageros a parte, é uma demora que incomoda, mas a desenvolvedora noticiou que vai corrigir esses defeitos o mais rápido possível.

A narrativa também deixa um pouco a desejar. Alguns momentos do jogo indicam certas passagens da história, mas ainda assim é extremamente rasa e revela um potencial desperdiçado. A ambientação, as criaturas e o universo poderiam contribuir para uma narrativa mais densa, contudo o foco fica completamente na mecânica do personagem. De qualquer maneira, esses erros não são suficientes para cortar a diversão que o jogo proporciona.

Vale citar que a dublagem brasileira tem uma boa qualidade, porém falha em alguns momentos na escolha de vozes que não coincidem com a aparência do personagem e mesmo o jogo não requerendo muitos diálogos, essas falhas ficam evidentes.

Enfim, Bloodborne é uma experiência divertida, longa, explorativa e acima de tudo, desafiadora. Uma coisa é certa, ao jogar esse game você precisa ser muito persistente e perseverar. Saiba que irá morrer e muito. Você precisa de muita concentração e foco, porém só isso não irá te salvar – habilidade na movimentação do personagem, estratégia de batalha, raciocínio rápido e muita destreza nos golpes são essenciais para que você se mantenha vivo. É o maior exclusivo do Playstation 4 até o momento e acredito que não será qualquer jogo que irá tirá-lo desse posto.

Digo sem medo que a From Software fez uma obra memorável fazendo jus aos títulos que fizeram com que a empresa seja aclamada por fãs e bem aceita pela crítica. Para quem possui um Playstatoin 4, Bloodborne está no topo de jogos imperdíveis da nova geração e vale a pena cada segundo e nesse caso, são “MUITOS SEGUNDOS”.

Ps:. Durante a produção dessa essa análise, acredito que morri mais de 80 vezes – sem exageros, portanto meu querido, prepare-se para o pior. Boa Sorte!

 Galeria de Imagens

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10 respostas

  1. Muito boa a análise. Não gosto de jogos muito punitivos estilo série Souls. Mas estou curioso com esse jogo.

  2. Parabéns pela análise o/

    Estou maluca para jogar Bloodborne, mas por enquanto ficarei apenas na vontade, rsrsrs

  3. O jogo é muito legal mesmo… Mas as vezes é foda… dá raiva do tanto de vezes que você morre…
    8 horas para matar o mestre da ponte… também só de raiva o padre matei de primeira… agora to no terceiro boss e tá foda demais… uso todas as minhas 20 poções de cura e ainda me fodo de morrer… hahah
    Mas é jogaço! Com certeza!

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