Atlas Fallen não entrega o que prometeu, mas consegue ser divertido quando não é frustrante – Análise / Review

Atlas Fallen

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Atlas fallen é tudo isso mesmo?

Criar uma nova franquia é algo difícil nos tempos de hoje e os jogos estão cada vez mais caros para se produzir. Embora tenha uma franquia com dois jogos no mercado, a Deck 13 resolveu não produzir um The Surge 3 e sim focar em Atlas Fallen, uma nova ideia, que deixa de lado praticamente tudo que há no que diz respeito a gameplay em The Surge. Assim, Atlas Fallen levantou uma grande curiosidade nos jogadores, seja pelo seu tema e gameplay ou pelo seu visual. Afinal, a Deck 13, em parceria com a Focus Home Entertainment, conseguiram surpreender com seu novo jogo?

Vamos descobrir tudo neste review, embora o título já entregue que vocês precisam prestar atenção em tudo que vou escrever pra saber se, mesmo com seus problemas, Atlas Fallen pode valer seu rico dinheirinho.

O mundo de Atlas caiu

Atlas Fallen
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Atlas Fallen se passa em Atlas, um lugar que já foi próspero e agora sobrevive em meio às areias espessas e poucos recursos para humanos. Existem aqueles que veneram Thelos e existem os inomináveis, pessoas que são maltratadas, vivem com pouco e praticamente são escravos de quem é ligado aos sacerdotes, os fiéis de Thelos. Você, como um inominável, em meio a uma tarefa, encontra uma manopla que é capaz de lhe dar o poder de enfrentar os Calibãs, criaturas geradas pela areia e que carregam muitos poderes. Assim você se torna a força necessária para que a mudança ocorra neste mundo.

É nítido que o jogo representa diversos aspectos da nossa sociedade, transformados para seu próprio contexto. Não é algo novo, inclusive a história não é surpreendente, mas consegue cativar o jogador ao ponto de nos importarmos. Não há nenhum momento marcante, mas os personagens são legais, alguns bem construídos e outros bem esquecíveis, enquanto que o plot e as histórias dos deuses seja o que mais vale a pena aqui. De todo modo, o mundo que a Deck 13 criou pode, muito bem, nos surpreender em uma provável sequência, embora eu pense que é algo improvável de acontecer.

Gráfico e som são de nova geração?

atlas fallen

Atlas Fallen é um jogo exclusivo da nova geração e PC e traz um visual bem aprimorado. Mas há um problema gravíssimo com texturas e diversos objetos que aparecem na sua frente, em um efeito horroroso que mostra que o jogo precisava de mais tempo para ficar do jeito que deveria. Embora o mundo do game seja bem bonito, com ótimos ambientes e imagens de fundo, tudo que tá perto do jogador parece sofrer demais pra existir.

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Os personagens não são bem feitos, passando a sensação de um jogo do início da vida do PS4 (talvez até de alguns games do PS3 e Xbox 360), gerando uma falta de imersão bem grande no que diz respeito à narrativa. Os inimigos, todos feitos de areia, não são nada demais em design, sendo todos inspirados em animais ou insetos.

O som do jogo é um grande problema. As músicas são legais, nada memoráveis, mas somem do nada e deixam o combate sem graça alguma – ou como se fosse um bug que faz o jogo pensar que já não há mais luta ocorrendo. Os inimigos possuem sons muito semelhantes entre eles e, como o gameplay gira em torno de um parry, o som que o inimigo ecoa é de suma importância para sua reação. Como todos são parecidos, você fica perdido com o que tá ocorrendo. As vozes dos personagens são boas, mas nada mais que isso. Ao menos ajudam a ter um pouco mais de emoção em momentos narrativos, já que se dependesse do visual dos personagens, isso não seria possível.

O mundo de Atlas vale seu tempo?

Logo que começamos a aventura, somos apresentados a diversos tipos de mecânicas que Atlas Fallen faz de alicerce para o gameplay. Podemos surfar nas ondas de areia, explorar os mapas abertos e encontrar criaturas perigosas. Explorar é a palavra chave aqui, mas também pode ser bem repetitivo, pois o cenário se parece bastante em todo momento e as criaturas não tem uma variedade tão grande assim.

Além disso, ao enfrentar criaturas e abrir baús, podemos encontrar pedras de essências que são de suma importância para o gameplay e também armaduras, que determinam o nível do personagem. Mesmo assim, a exploração dos locais não é tão legal quanto poderia e pouco recompensador.

Atlas Fallen também tem um elemento de jogos de plataforma. O personagem pode dar dois pulos e diversos dashes no ar, o que gera um gameplay interessante para alcançar determinados locais em busca de itens ou para finalizar objetivos. As atividades do mapa são legais, mas nada mais que isso. Alguns são criativos, mas se repetem com muita frequência.

As missões paralelas e as tarefas, que são missões paralelas de menor nível, não brilham em nada. É difícil hoje em dia ver que, após tantos jogos terem repetido diversas fórmulas por tanto tempo, alguns estúdios conseguem continuar repetindo o que não dá mais certo.

Gameplay salva Atlas Fallen?

Se há algo que a Deck 13 focou foi em mostrar que suas ideias para gameplay em Atlas Fallen era algo que poderia dar certo. E ao mesmo tempo que o jogo brilha neste quesito, ele é frustrante. Vamos para o que dá certo primeiro.

Atlas Fallen usa diversos modos novos para criar um combate bacana. Conforme lutamos, vamos enchendo uma barra de ímpeto que pode levar a possibilidade de usar pedras de essência de efeitos diversos. São muitas pedras de essência para usarmos e combinarmos a fim de criar uma build que faça sentido. Como joguei no difícil, criei uma build que girava em torno da cura nos primeiros momentos que meu ímpeto enchia, assim eu poderia sempre me proteger, mesmo que estivesse sem tanto ímpeto. Conforme meu gameplay avançava e a barra de ímpeto subia, eu tinha acesso a golpes e habilidades mais poderosos para dano. Tudo isso foi muito interessante de criar, de evoluir e interagir. Talvez esse seja o ponto alto do game, mesmo com os inimigos repetitivos que ele possui.

No entanto, as mecânicas que giram em torno do combate e diversos problemas que enfrentei foram graves demais. O lock no inimigo, – sistema que te faz olhar apenas para um deles e focar durante o combate – muda sozinho. Assim, como na maior parte das vezes você está enfrentando mais de um inimigo, isso vira um grande problema. Dessa forma, você acaba ficando perdido, não move a câmera com medo de perder o alvo e gera uma frustração desnecessária.

Outra coisa bizarra é que o som do ataque dos inimigos falha diversas vezes, te faz perder a janela de parry mesmo com o efeito visual. Como o jogo tem muita partícula, apenas a referência visual é pouco para jogar direito. Então saiba: o que Atlas Fallen tem de melhor é o combate, mas também tem momentos que é o que ele tem de pior.

Um grande potencial desperdiçado

Atlas Fallen não é para todo mundo pois não é qualquer um que vai aceitar seus problemas e seguir em frente com a aventura. Eu certamente só continuei por conta do nosso review. Então fui até o final. Mas por muitas vezes eu tive vontade de parar de jogar. Quando o combate funciona, a exploração e a evolução das pedras de essência e da armadura são bem legais. Mas quando não funciona, Atlas Fallen tem um combo de problemas que facilmente vai te fazer pensar que está perdendo tempo.

Dessa forma, o mundo que ele possui, o visual e a história, – que novamente não é incrível, mas segura o interesse – me fazem querer indicar Atlas Fallen apenas em alguma promoção. Fora isso, entenda que você poderá se frustrar demais com o jogo. Uma pena.

NOTA: 7.0

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