Persona e o poder de sua interface de usuário

Persona

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Muitos aspectos de um jogo podem fascinar os jogadores e mantê-los imersos por dezenas de horas. Seja uma narrativa envolvente, um gameplay viciante ou uma trilha sonora épica, a interface de usuário (UI) é um elemento frequentemente subestimado nesse contexto. No meu caso, por exemplo, a UI tem um grande impacto no meu vínculo com o jogo, pois é ela que me dá as boas-vindas e será minha principal interface visual durante toda a experiência de jogo, seja para pausá-lo, subir de nível, acessar configurações ou até mesmo durante os diálogos do jogo. Entre tantos jogos e franquias, a série Persona se destacou por oferecer aos jogadores uma UI estilosa e marcante.

Isso se deve ao excelente trabalho da Atlus em criar uma UI intuitiva e que represente bem o mundo do jogo. Esse estilo próprio de criar interfaces de usuário nasceu em 2006 com Persona 3, antes de se tornar um elemento fundamental dentro da franquia.

Mais do que uma UI. Uma identidade

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Persona 3, lançado em 2006 para PS2, foi o pioneiro nesse estilo e estrutura que agora estamos familiarizados, seja em sua estética musical ou visual. Por exemplo, a roda de ações dos personagens durante o combate, que se assemelha a um tambor de revólver, faz referência ao instrumento usado pelos personagens para invocar suas “personas”.

Além desse detalhe incrível, a cor azul em Persona 3, presente em toda a interface do jogo, reflete os temas de solidão e depressão abordados na história.

Em fevereiro deste ano, Persona 3 recebeu um remake que aprimorou ainda mais essa ideia, tornando-o detentor de uma das interfaces de usuário mais bonitas já feitas para jogos. A cada novo acesso ao jogo, a UI traz uma animação diferente do protagonista, como se estivesse imerso no tom azul.

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Com Persona 4, lançado para PS2 em 2008, o padrão foi mantido, dessa vez com toda a temática dos anos 70 e a cor amarela predominante na interface, simbolizando felicidade. Não é à toa que a UI e a roda de ações nos combates é tomada pelo amarelo.

Em 2016, Persona 5 elevou esses conceitos a um novo nível de criatividade, criando uma UI viva e interativa. Usando a cor vermelha como tema, que representa rebelião em muitos casos, o protagonista Joker se destaca nos momentos-chave do jogo.

Cada aba do menu de Persona 5 apresenta uma reação diferente de Joker, expressando seu espírito rebelde. Essa rebeldia também se estende aos formatos das letras nos menus, que não seguem a mesma fonte. A Atlus transformou a UI e o menu de Persona 5 em organismos vivos que representam tão bem o tema quanto a narrativa e o gameplay do jogo. Um exemplo é a aba de Social Link, onde vemos o Rank de nosso vínculo social com os NPCs. Nesta aba, a UI traz Joker em um mesmo traço com os NPCs a qual ele está construindo um vínculo, representando, assim, a conexão entre os dois indivíduos.

Portanto, é inegável o talento da Atlus em criar interfaces de usuário criativas e marcantes, embora esse aspecto muitas vezes seja subestimado pelos jogadores.

No entanto, para aqueles que se importam, os jogos da franquia Persona oferecem uma experiência visualmente gratificante, assim como o próximo RPG da Atlus, Metaphor: Refantazio, que está programado para ser lançado em outubro deste ano.

Persona encontrou um concorrente

Em 11 de outubro de 2024, a Atlus lançará no mercado um novo RPG de seu estúdio recém-fundado em 2016, o Studio Zero. Sob a liderança de ninguém menos que Katsura Hashino, o designer de personagens Shigenori Soejima e o compositor Shoji Meguro, responsáveis por Persona 3, 4 e 5, este novo título promete ser algo completamente novo. Chamado de Metaphor: Refatanzio, o jogo terá sua ambientação em uma fantasia medieval, um contraste marcante com o tom moderno e estudantil da franquia Persona.

Mas se há algo que este novo RPG herdará do popular RPG estudantil da Atlus e talvez até o aprimore, é a qualidade visual de sua interface de usuário. Afinal, por trás desse projeto estão as mentes que moldaram Persona até o que é hoje aos nossos olhos.

Metaphor: Refantazio

Portanto, fortemente inspirada pelas obras da era renascentista, Metaphor: Refantazio, ao contrário de Persona, não optou por uma cor única para se representar. Sua UI e menus são uma explosão de cores que se assemelham mais a um quadro pintado com pinceladas. Essa extravagância visual diz muito sobre liberdade e pluralidade.

Em suma, se a franquia Persona deixou um legado visual nos jogos, Metaphor: Refantazio está prestes a conquistar uma parte desse legado.

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