ATENÇÃO: Este texto está LOTADO DE SPOILER e é recomendado para quem viu o décimo quinto episódio da sétima temporada de The Walking Dead. Se você quer ver o que achamos dos demais episódios, clique nos links abaixo:
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Na gangorra da qualidade, The Walking Dead chega ao décimo quinto episódio com muitos acontecimentos importantes (e outros nem tanto) para chegada do grande embate entre Rick e Negan. Apesar de um bom capítulo, temos que ficar atentos em alguns pontos furados do roteiro, que queira ou não, tiram pontos importantes da qualidade geral desta temporada, que na minha opinião, é facilmente uma das mais questionáveis de toda a série.
Armas para todos os lados
O terrível episódio onde Tara encontrou a comunidade das mulheres tinha que ter alguma importância por conta da quantidade de armas que havia no local e finalmente esse dia chegou. No entanto, numa correria monstra, o episódio já começa com ela contando para Rick do lugar enquanto que os Alexandrinos já se dirigiam para lá. Foi uma maneira de contar todo o fato de uma forma mais ágil, mas foi uma cena estranha, misturada com um barco atracado numa praia com zumbis tirados dos filmes Piratas do Caribe, sem explicação nenhuma. Perderam muito tempo em outros episódios, como o último, pra criarem um pretexto tão corrido para que Rick ficasse sabendo das armas que haviam naquele lugar. Faltou contextualização no que realmente importa e muita enrolação em momentos que se tornaram descartáveis.
Agora, armado até os dentes, Rick vai levar as armas para o grupo novo do lixão, iniciar os planos para atacar Negan, ao mesmo tempo que Sasha será usada pelo vilão. Ambos os lados possuem armas poderosas, tudo leva a crer que o último episódio será frenético pela quantidade de coisas que estão guardando para ele. Mas novamente, existem alguns furos que não podemos deixar passar.
Negan – O desatento | Sasha – a coitada…
Precisou que um passarinho bípede contasse à Negan que Rick planeja algo contra Os Salvadores, num momento em que os Alexandrinos fazem literalmente o que querem, os Salvadores pararam de cobrar suas dívidas e Negan meio que deixou tudo rolar enquanto ele fazia o terror dentro de sua própria comunidade. Se lembrarmos do final da sexta temporada, Rick não dava um passo sem que os Salvadores soubessem o que ele estava fazendo e seria fácil pro Negan ao menos ter uma ideia que Rick sai todos os dias em uma operação diferente da que ele está acostumado a fazer. Pode ser que o tempo que está passando entre um episódio e outro seja bem curto, mas a série carece de mais cuidado pra não parecer que a linha do tempo está bagunçada e que faz semanas que os Salvadores não aparecem em Alexandria.
Sasha, por sua vez, vê que Negan vai usá-la contra Rick e decide que chegou sua hora em cenas complexas e que poderiam ser bem tristes. Não fico mais triste por ela por um simples fato: ela gerou todo esse problema para ela mesma de uma forma muito irresponsável e volto a dizer que faz tempo que Sasha não é interessante. Ao mesmo tempo, fica claro o motivo de Eugene ter ficado com os Salvadores e a resposta é muito simples: alguém precisava levar o artifício da morte para Sasha e o escolhido foi Eugene. O cientista, que não deveria estar ali se seguirmos as regras dos quadrinhos, vem numa aventura diferente da que eu esperava dele, mas de certa forma se torna interessante e muito mais importante que o que ele faria nesta fase da historia (que seria absolutamente nada). Apesar de nos quadrinhos ele fazer as balas das armas de Rick, esse assunto passou pela série e pelo visto não voltará mais. Afinal, eles sempre encontram novas armas cheias de munição.
O que podemos esperar à seguir?
Para o último episódio da temporada, muitas coisas podem ocorrer, como Sasha que deve morrer, mas não ao ponto de evitar que se transforme em uma zumbi, o que vai ser um prato cheio para as loucuras de Negan. Eugene, no meio da treta toda, deve retornar para Alexandria por curtir Rosita, mas ainda não consigo ver como eles vão encaixar isso na história, já que na série ele é muito mais tonto que no quadrinho. Dwight, o vira casaca da cara estragada, vai ganhar uma importância bem grande nessa fase atual da guerra, o que pode gerar momentos bem diferentes dos quadrinhos, por sua ligação com Daryl.
Então, no meio da depressão pré morte de Sasha, da mente que provavelmente ficará conturbada de Eugene, por fornecer as ferramentas da morte de Sasha, das loucuras de Negan e da coragem recarregada de Rick – a “puta de Negan, como Sasha mesmo disse”, há grandes chances de fecharmos a sétima temporada com um episódio daqueles épicos, que recarregam as energias dos fãs da série e que deixa todo mundo falando da série por seis meses, mas que ainda não será o suficiente para nos tirar a imagem de que essa temporada foi muito abaixo do que esperávamos, com uma gangorra tremenda de qualidade que foi responsável por episódios muito bons e outros patéticos.
Pelo bem ou pelo mal, chegamos a mais um final de temporada de The Walking Dead e apesar de não ficar tão empolgado assim, estou esperando ansiosamente por domingo que vem.
