Gran Turismo 7 é a experiência mais amigável e convidativa da franquia | Análise

Gran Turismo 7

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O retorno de Gran Turismo

Finalmente GT retorna as pistas dos games de corrida, após sua morna passagem em 2017 com GT Sport. Desta vez, o sétimo título da franquia veio com a promessa de dar ao fã tudo aquilo que ele vinha suplicando desde 2017, bem como dar ao jogador casual um primeiro contato inesquecível. Dito isso, estive jogando Gran Turismo 7 por inúmeras horas e de forma bem antecipada  – obrigado PlayStation Brasil pela a confiança – e se tem uma coisa que eu aprendi com GT7 é que esta edição é a mais amigável e convidativa da franquia.

Assim, a Polyphony Digital conseguiu unir duas frentes em um só produto e possibilitou inovações e melhorias com a chegada do PS5. Portanto, tudo que você verá nesta nova entrada é o tradicional da franquia, porém, desta vez, há um cuidado a mais, uma preocupação maior em fazer da sua experiência com o game – seja você um veterno na série ou um novato – a mais marcante possível.

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Em resumo, Gran Turismo 7 celebra a cultura automobilística e você é o protagonista de toda esta celebração.

Conheça o modo Café, seu guia do modo carreira

Ao longo dos 25 anos de Gran Turismo, o modo carreira sempre foi regido por pistas e licença para serem concluídas, além de você colecionar carros. Assim, este estigma percorreu do primeiro título da série, em 1997, ao o mais recente GT Sport (2017). Entretanto, desta vez, GT7 apresentou uma forma mais contextual e atenciosa de dar aos fãs um digno e verdadeiro modo carreira. E é aí que nasceu o modo Café, seu modo carreira em Gran Turismo 7.

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Portanto, Café, simbolizado da forma mais literal, lhe dará cardápios com objetivos que visam simplesmente a coleção de carros dentro do game. Contudo, não é só colecionar carros, a cada novo objetivo concluído, a história de cada um dos veículos que você desbloqueou são contadas de uma forma cuidadosa e expansiva, fazendo com que estas máquinas metálicas de quatro rodas ganhem vida com históriaa por trás de suas criações, onde a grande maioria que parar para ouvir não terá a mínima noção do amor que foi depositado na criação de cada um dos veículos.

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Em adição, além da coleção de carros, o modo Café será responsável por expandir o HUB do game, o mapa-múndi de Gran Turismo 7, com outras opções de acesso como a oficina de tuning; a garagem; as licenças, o segmento online é afins. Por fim, as corridas e os campeonatos também são desbloqueados no cardápio do Café juntamente com os objetivos de carros que você desbloquear. Assim, por exemplo, o cardápio pede que você ganhe três veículos japoneses, ele vai listar quais são esse veículo, e também te direcionar em quais pistas/campeonatos você pode encontrar, por meio da bússola, um ícone que simplesmente marca tudo relacionado ao modo Café.

Em suma, o modo Café vai te levar para o mundo mágico dos colecionadores de carros, sobretudo, te dar uma nova visão sobre carros.

Uma nova óptica de pilotar carros

A franquia GT se tornou conhecida por fazer de sua experiência a mais realista possível, aspecto que lhe consagrou até hoje, o pai dos simuladores de corrida. Em Gran Turismo 7 este dogma se mantém de forma ainda mais crível e realista graças ao poder do PS5, em principal ao DualSense. Portanto, pilotar em GT7 com o DualSense é uma experiência única que somente os donos de PS5 terão o luxo de vivenciar. Cada detalhe durante a corrida é possível ser captado nas palmas das mãos. Seja em uma frenagem brusca, que você sente os gatilhos reagirem conforme a intensidade da frenagem, seja em uma colisão, onde que o impacto é reprisado no controle. Assim, todos os efeitos e compartimentos que seu veículo pode apresentar durante a corrida é simulado de forma impecável na palma de sua mão.

Portanto, a partir de então a forma de se jogar Gran Turismo ou quaisquer game de corrida ou simulador não será a mesma. Pois, a Polyphony Digital ditou um novo padrão para os controles em games de corrida com sua perfeição nos comandos e o senso de realismo graças às tecnologias do DualSense.

Não é só correr, mas também é ver a beleza dos automóveis.

É impossível apenas correr em GT7. Não há como. O mundo a sua volta é foto realista, bem como as máquinas que você pilota. Assim, cada canto do seu veículo foi feito de uma forma atenciosa, desde a pintura exterior ao design interior dos painéis, assentos e etc. Não há como negar o quão belo está Gran Turismo 7 na nova geração em uso do PS5. O novo hardware da Sony deu ao status de simulador da franquia um novo patamar de realismo tornando mais real o que já se buscava ser.

Ademais, tudo isso ganha mais destaque com a influência dos climas dinâmicos que variam de uma região para outra. Ou seja, a influência climática de uma pista no Japão será distinta de uma pista nos EUA no mesmo período. A chuva também ganhou uma grande atenção nas pistas. Desta vez, é possível ver poças d’água atuando de forma randômica e a influência disso nas corridas traz um realismo incrível, algo que não presenciei em títulos anteriores.

Por fim, partindo para o lado técnico, Gran Turismo 7 trouxe dois modos gráficos: um priorizando os 60FPS, que proporciona ao game gráficos em 4K e uma taxa de quadros a 60FPs. E um outro que prioriza o ray tracing, onde o game continua a 4K e 60FPS, porém a influência do ray tracing acontece apenas no modo garagem, nos replays das corridas e no modo rali musical, onde o game leva a taxa de quadros para 30 FPS. Particularmente, não vejo problema da diminuição da taxa de quadros para 30, pois o que nos é apresentado não precisa de desempenho a 60FPS para se ter uma resposta precisa.

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Que fique claro, os 60 FPS são importantes para se ter uma resposta mais precisa e para isso precisa-se de fluidez. Portanto, a decisão de diminuir os FPS nestes momentos de exibição onde não se necessita da interação do jogador, foi uma decisão bem válida por parte do estúdio. Contudo, ainda fica aquem o motivo de não levar o ray tracing para as corridas. Certamente, a Polyphony, em GT7, quis priorizar desempenho e fluidez nos comandos, ao invés de reflexos realistas.

Gran Turismo 7 é uma experiência amigável e convidativa

Depois de todos estes aspectos, o fator “X” que faz de Gran Turismo 7 único é sua forma amigável de te levar em cada novo objetivo dentro do game. Não se preocupe, você não se perderá e nem ficará confuso com algo novo que lhe será apresentado. De fato, a Polyphony Digital, se desapego da sua metodologia arcaica, de só criar corridas e deixar sobre nossa responsabilidade concluí-las e ganhar dinheiro e comprar carros sem ter uma consultoria para te guiar e te deixar por dentro de algo referente ao game ou ao universo do automobilismo.

Gran Turismo 7 é uma uma enciclopédia e um passeio turístico pela cultura automobilística, seja no visual dos carros, seja no carinho em cada ponto que você desbloquear dentro do mundo do jogo que faz questão de te afundar ainda mais neste universo dos carros. Em resumo, GT7 solidifica ainda mais o slogan da franquia: “The Real Driving Simulator”.

Ressalvas… 

De tudo que já mencionei acerca de GT7, o grande problema que o título apresenta está atrelado a sua IA. Assim, como nos títulos anteriores, Gran Turismo 7 apresenta apenas três opções de dificuldade: Fácil, Intermediário e Profissional, além de um modo personalizado onde você pode mesclar opções que melhor se adequem a sua experiência. Contudo, a IA de Gran Turismo sofre de um problema crônico que em GT 7 se repetiu.. Eu joguei o game na dificuldade profissional sem nenhum auxílio na pista e não me senti desafiado. Bem, minha experiência com a franquia é de longa data e isso me dá, consequentemente, mais habilidade. Contudo, mesmo você sendo um novato na franquia, a falta de uma IA bem trabalhada e desafiadora tornará a experiência single-player menos exigente.

Deste modo, não atualizar sua IA, em tempos que a franquia Forza inovou com seu sistema de replicar a forma de jogar de seus usuários e levar para o comportamento dos carros durante as corridas, com o Drivatars, é o ponto negativo em toda a minha experiência com Gran Turismo 7.

Recentemente, a Sony AI juntamente com a Polyphony Digital anunciaram uma parceria que promete escalonar a experiência no quesito IA dentro do segmento profissional de Gran Turismo. Embora a iniciativa visa o lado competitivo dentro da franquia, espera-se que este avanço alcance a experiência single-player nos próximos jogos.

Mas afinal, Gran Turismo 7 é tudo isso mesmo?

Não há como negar o impacto que Gran Turismo 7 traz ao gênero de games de corrida, embora distante a quase 5 anos. Contudo, você conhece aquele ditado de quem é rei nunca perde a majestade? Pois bem, Gran Turismo 7 é isso e muito mais. GT 7 é disparado o título mais amigável de todos os games da franquia que vai te guiar do início ao fim te fazendo conhecer e aprender sobre a cultura automobilística.

Gran Turismo 7 não é apenas um simulador de games de corrida, mas sim a experiência automobilística, em todos os âmbitos, dentro dos games. GT7 não veio para concorrer com os títulos já lançados e os que virão de chegar, ele veio para mostrar que ele é o lugar definitivo para uma grande experiência dentro do universo automobilístico que vai consumir muitas com muitas corridas.

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