Life is Strange: True Colors é sobre fazer o bem em um mundo cheio de injustiças | Análise

Life is Strange

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O que você faria se tivesse o poder de sentir as emoções das pessoas e absorvê-los para si? Usaria para ajudar estas pessoas, com seus problemas, ou você não iria saber lhe dar com esse dom? Assim, é neste questionamento que Life is Strange: True Colors nos coloca.

Desta vez, a Deck Nine (Life is Strange: Before of the Storm) retorna para o desenvolvimento de um novo LiS depois de fazer um bom trabalho em 2018 com Before of the Storm, que conta os eventos que antecederam Life is Strange (2015). Agora, em 2021, o estúdio retorna em uma aventura original que trouxe mais cor e muita música, e que farão os fãs da franquia se sentirem em casa.

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Com um lançamento marcado para o dia 10 de setembro para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One, PC e Switch, Life is Strange: True Colors vem com a promessa de dar continuidade ao legado, a qual a franquia se tornou conhecida, a de contar histórias emocionantes e que impactam. Mas será que a Deck Nine conseguirá manter este estigma deixado pela Dontnod e oferecerá com True Colors uma experiência digna de Life is Strange?

Eu sou o Jão e abaixo você irá conferir minhas impressões acerca de Life is Strange: True Colors.

Inicialmente, como um grande fã da franquia, a qual tenho o primeiro game da série, lançado em 2015, como uma das melhores experiências narrativas que tivemos no respectivo ano. Na verdade, não só para mim, mas o primeiro game conseguiu impactar muita gente por sua narrativa contemporânea e pesada complementada com a adição de superpoderes.

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“o novo Life is Strange nos ensina a sermos melhores e fazermos o bem mediante as injustiças do mundo”

Contudo, a Deck Nine, em 2018, trouxe uma jornada sem poderes, onde controlamos Chloe e Rachel em situações das mais naturais possíveis onde a vida continuava sendo estranha mesmo sem você ter um super poder. E True Colors seguiu por este mesmo caminho.

Em Life is Strange: True Colors entramos na pele de Alex Chen, uma jovem que tem o poder de sentir as emoções das pessoas e conseguir tomar para si os mais diversos estados de espírito. Contudo, ao absorvê-los há o risco de Alex perder totalmente o controle e agir de forma involuntária. Assim, isso fez com que muito cedo ela habitasse em orfanatos e tratamentos psicológicos para tentar resolver este problema. Após anos sob esses cuidados e longe do que representa ter uma família, Alex vai ao encontro de seu irmão, Gabe Chen, para tentar começar do zero em Haven Springs, uma pacata cidade no Colorado.

Life is Strange True Clors

Assim, o que vem depois, os trailers já deixaram bem claro, a qual  seu irmão, Gabe, morre em acidente em uma mina local. Assim, o que motivou essa fatalidade é o grande mistério que Alex, por meio de seus poderes, terá que desvendar.

“True Colors adicionou uma nova camada para sua experiência nos fazendo conhecer histórias diferentes da que já estamos empanados no game”

Dito isso, o que eu posso dizer da narrativa  aé que o novo Life is Strange nos ensina a sermos melhores e fazermos o bem mediante as injustiças do mundo. Diferentemente, dos títulos anteriores, sob a tutela da Dontnod, onde o poder era o principal motivo da vida destes personagens serem estranhas, em True Colors a vida é estranha por ela já ser estranha por si só com todas as suas injustiças. E o poder de Alex é apenas uma forma de tornar a vida das pessoas melhores em um mundo tão complicado e cheio de problemas.

Por esse motivo, em trazer uma situação tão natural e recorrente em nossas vidas, que Life is Strange: True Colors irá te cativar rapidamente. Pois, Alex embora com seu poder – que simboliza a empatia – ela é uma pessoa normal com seus problemas e seus demônios que só quer ajudar as pessoas e se encontrar.

Em última análise, a experiência narrativa que você terá em Life is Strange: True Colors está longe de você voltar no tempo e tentar resolver tudo ou de se tornar um foragido na companhia de seu irmão por conta de seu poder. Pelo contrário, True Colors te colocará na frente de uma história onde você deve esquecer os traumas que a vida lhe deu, superar suas perdas, é sobre saber  aproveitar as pessoas que você ama quando elas ainda estão por perto e, sobretudo, é sobre fazer deste mundo um lugar melhor mudando a vida das pessoas com o bem.

Seu poder, sua maldição.

O grande risco de Alex em usar seu dom é o fato de você tomar para si emoções ruins que a fazem cometer, de forma involuntária, atitudes ruins. Assim, com o intuito de ajudar ou não as pessoas – decisões estas que estarão na palma de sua mão – Alex terá esse risco que quando usado é convertido em uma mecânica de gameplay que lembra bastante o poder de Sam em Twin Mirror, título da Dontnod, lançado no ano passado.

Assim, após absorver tais emoções, sejam elas boas ou ruins, o cenário muda ganhando uma temática que melhor representa a emoção da respectiva pessoa. Em seguida, com base nos objetos espalhados no local, você irá desvendar o motivo pela qual a pessoa herdou aquela emoção. Embora simples, tal mecânica tem seu contexto e retrata bem o quão difícil é para Alex usar seu poder para o bem. Por fim, de forma secundária, há objetos espalhados no game que quando encontrados desbloqueiam memórias referentes a todos os personagens do game. 

True Colors inova bastante o tão previsível gameplay característico da franquia

Começando pelo o menu principal, Life is Strange: True Colors te oferece algumas opções de acessibilidade que te oferecem possibilidades de se abordar a nova experiência Life is Strange da forma que você achar melhor. Assim, temos opções que vão desde não torna limitado o tempo de espera na hora de se escolher uma decisão difícil até no controle de áudio e luminosidade em certas cenas que fazem o uso excessivo de tais aspectos.

Em adição, True Colors quis fazer da mais nova entrada da franquia uma experiência além de simplesmente interagir com objetos ou tomar decisões. Assim, Haven Springs será uma hub onde você terá muito que explorar e interagir, e em algum momento se tornará um cenário de um game de RPG. Além disso, a forma que a Deck Nine nos deu Haven Springs para explorarmos trouxe mais nuances à narrativa e ao gameplay, pois enquanto exploramos a pacata cidade ouvimos inúmeras histórias dos habitantes, bem como podemos ajudá-los em certas situações como missões secundárias para estes habitantes.

Portanto, True Colors adicionou uma nova camada para sua experiência nos fazendo conhecer histórias diferentes da que já estamos empanados no game. Sem dúvidas, foi uma grata surpresa para mim, como fã da série, e acredito que será para você também quando jogar. Contudo, minha única ressalva para como a Deck Nine nos apresentou as ruas de Haven Springs foi em torná-la mais viva, não apenas em explorarmos as histórias dos habitantes, mas dar fluxo colocar os NPCs se movimentando enquanto você explora. Certamente, isso daria mais imersão à cidade. 

Alex, o novo rosto de Life is Strange?

 

Embora Max e Chloe tenham conquistado o amor dos fãs da franquia por suas características únicas, Alex é uma personagem ainda mais completa se comparada com ambas. Alex é estranha, assim como Max, reservada e possui um senso de humor tímido que vai te conquistar. Assim, esses atributos juntados com sua paixão por música se torna um charme impossível de resistir. Em adição, a forma como ela tenta enfrentar seus demônios é algo bem cativante. 

Ademais, o que torna a personagem tão cativante é o fato dela está vivendo acontecimentos que pessoas próximas da gente ou até mesmo nós já enfrentamos, onde suas atitudes, sejam boas ou ruins, fazem com que nos identifiquemos com ela.

Por fim, deixo essa deixa para você que for jogar o game tirar suas próprias conclusões. 

Ressalvas…

Não falo de seu aspecto visual – que por sinal está incrível. Haven Springs é um paraíso na Terra rodeado por montanhas e onde a natureza prepondera. Screenshots não foram poucas para registrarem paisagem encantadora e exuberante a qual True Colors me proporcionou. Quanto aos gráficos, já sabemos do estilo adotado pela franquia ao longo dos anos e que se tornou um certo tipo de charme. Contudo, minha preocupação faz morada no comodismo que esta escolha visual pode afetar o desempenho técnico do game.

Em minha experiência com título presenciei pop-ins, NPCs e a própria Alex no famoso bug em formato de T, personagens presos nos cenários e delay de renderização. Embora presenciados, eles em nenhum momento prejudicaram minha jogatina, porém não é admissível um game que não tem grande foco gráfico e não tem a preocupação de um mundo aberto trazer tais problemas citados. Assim, é questão apenas de um polimento ainda maior para evitar problemas que não são graves, mas, de certa forma, mancham a apresentação de qualquer game.

Mas afinal, Life is Strange: True Colors é tudo isso mesmo?

O novo Life is Strange me proporcionou uma experiência mais próxima de nossa realidade com eventos e personagens tão familiares com o que estamos acostumados a lidar em nosso dia a dia. Assim, trazer uma narrativa mais “pé no chão” foi um ótimo acerto onde ao invés de trazer o impacto, fará o jogador se identificar com cada um dos personagens, sobretudo, dos problemas que cada um enfrentam, que não são tão diferentes dos nossos.

Por fim, Life is Strange: True Colors vai te cativar, surpreender e, sobretudo, te mostrar a sempre fazer o bem em mundo cheio de injustiças.

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